Resumo

Título do Artigo

Um estudo sobre o hedge accounting e a volatilidade da margem bruta em empresas do agronegócio brasileiro
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Palavras Chave

Agronegócio
Commodities
Hedge Accounting

Área

Finanças

Tema

Contabilidade para usuários externos

Autores

Nome
1 - wesley mendes carvalho
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Liberdade
2 - Elionor Farah Jreige Weffort
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - programa de mestrado
3 - Eric Barreto de Oliveira
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - Vila Olímpia
4 - MARCOS REINALDO SEVERINO PETERS
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Mestrado

Reumo

As principais exposições a riscos de mercado de empresas do agronegócio estão relacionadas a atividades operacionais, que é onde surgem os riscos de commodities e câmbio, tais riscos podem ser protegidos por instrumentos financeiros, que tornam os fluxos de caixa do negócio mais previsível, no entanto, a prática de hedge gera volatilidade no resultado contábil, devido os descasamentos contábeis. A volatilidade do hedge pode ser reduzida através da prática de hedge accounting, que permite que o instrumento de hedge afete o resultado no mesmo período em que a exposição afetar o resultado.
Quando a relação de hedge é designada para hedge accounting, há a mitigação das volatilidades no resultado contábil, que são causadas pelo descasamento contábil entre o instrumento e objeto de hedge, sobretudo, pelo método de mensuração dos derivativos que são utilizados como instrumentos de hedge. Portanto, o objetivo geral desta pesquisa foi verificar se houveram indícios que demonstrassem que a volatilidade da margem bruta (ΔMB) foi menor nas empresas do agronegócio que adotaram o hedge accounting de câmbio (HACMB) e de commodities (HACDTY) no período de 2010 a 2018.
Embora haja pesquisas sobre as práticas de hedge e hedge accounting em diversas empresas e países (Allayannis & Weston, 2001; Chiqueto, 2014; DeMarzo & Duffie, 1995; Panaretou, Shackleton, & Taylor, 2012), pouco foi investigado sobre a atuação do hedge accounting (H.A) em empresas do setor do Agronegócio e os efeitos contábeis provenientes da prática do H.A., em linhas de resultado operacional, mais especificamente, aos seus efeitos na volatilidade da margem bruta (ΔMB). Entende-se ser um tema relevante, sobretudo, em relação ao pouco uso da prática de hedge accounting em empresas deste setor.
O presente trabalho delimita a amostra que será estudada e utiliza ferramentas quantitativas para analisar uma relação entre uma variável dependente, variáveis independentes e variáveis de controle, o que permite classifica-lo como um estudo empírico. A seleção das empresas da amostra baseia-se na carteira teórica da revista Exame “Melhores & Maiores” do Agronegócio de 2017. A análise foi delimitada pelo intervalo de 2010 a 2018. Os dados foram abordados de forma quantitativa por meio de técnicas estatísticas, como; análise descritiva e análise de regressão.
Os dados foram abordados de forma quantitativa por meio de técnicas estatísticas, como; análise descritiva e análise de regressão. Segundo os resultados da regressão e análise descritiva, as empresas que adotaram o HACMB apresentaram menor ΔMB do que empresas que não adotaram, já para as empresas que adotaram o HACDTY os resultados indicaram que essas empresas apresentaram maior ΔMB do que empresas que não adotaram.
As variáveis de hipótese de identificação do modelo (HACDTY e HACMB) foram estatisticamente significativas a 10% e 5%, respectivamente. Posto isso, podemos verificar que o hedge accounting de commodities gera um efeito positivo sobre a variação da margem bruta (∆MB) enquanto o hedge accounting de câmbio apresentou um impacto negativo sobre a variação da margem bruta (∆MB). Portanto, segundo a análise de regressão e análise descritiva pode-se afirmar que há indícios de que a volatilidade da margem bruta (∆MB) é menor ao adotar o hedge accounting de câmbio (HACMB).
Allayannis, G., & Weston, J. P. (2001). The use of foreign currency derivatives and firm market value. The Review of Financial Studies, 14(1) 243–276. Chiqueto, F. (2014). Hedge accounting no Brasil. (Tese de Doutorado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. DeMarzo, P. M., & Duffie, D. (1995). Corporate Incentives for Hedging and Hedge Accounting. The Review of Financial Studies, pp. 743-771. Panaretou, A., Shackleton, M., & Taylor, P. (2012). Corporate risk management and hedge accounting. Contemporary Accounting Research, 30(1),