Resumo

Título do Artigo

Assédio Moral do líder e Saúde Psicológica dos liderados: o papel mediador do estresse e o papel moderador das avaliações auto-referentes e do suporte organizacional percebido
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Assédio Moral
Liderança
Sofrimento Psicológico

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Comportamento Humano

Autores

Nome
1 - Fernanda Pimentel Pessanha
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - Programa de Pós-graduação em Administração
2 - Liliane Magalhães Girardin Pimentel Furtado
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - Coppead

Reumo

O assédio moral no trabalho é um fenômeno estressor presente em diversas organizações. Muitas são as consequências do assédio moral para o indivíduo, principalmente no que se refere à saúde.
O presente estudo busca analisar o impacto do assédio moral do líder sobre o estresse e o sofrimento psicológico dos liderados, bem como entender em que medida condições individuais e contextuais são capazes de influenciar essas relações.
Estudos como o realizado por Verkuil, Atasayi e Molendijk (2015) concluíram que o assédio moral no local de trabalho é um preditor significativo para problemas de saúde mental. E as teorias de estresse psicológico, como por exemplo o Modelo Transacional do Estresse de Folkman e Lazarus (1985), têm tratado o estresse como uma variável interveniente que opera entre um estímulo aversivo e uma resposta relacionada a saúde. Ademais, modelo proposto por Nielsen e Einarsen (2018) sugere que a exposição ao assédio moral tem um efeito indireto através de fatores intervenientes que devem ser explorados.
A hipótese de pesquisa principal explora o estresse como o meio através do qual o assédio moral do líder influencia o grau de sofrimento psicológico de seus subordinados. Propõe-se ainda relações de moderação das avaliações auto-referentes e do suporte organizacional nas relações entre assédio moral e estresse e entre estresse e sofrimento psicológico. As relações propostas foram examinadas em uma amostra de 198 servidores técnico-administrativos de universidades públicas, com aplicação de um questionário fechado estruturado e utilização do método quantitativo de análise de dados.
Os resultados sugerem que quanto maior o assédio moral do líder, maior o estresse experimentado pelos liderados e, consequentemente, maior o nível de sofrimento psicológico. O teste empírico deu suporte ao papel moderador das avaliações auto-referentes e do suporte organizacional apenas na relação entre estresse e sofrimento psicológico.
Pode-se sugerir, portanto, que ser submetido a comportamentos de assédio moral pelo seu líder no ambiente de trabalho é uma situação tão impactante, que as pessoas a perceberão como ameaçadora e incontrolável, independentemente da presença de recursos internos (percepções positivas sobre si mesmo) ou externos (apoio por parte da organização). Por outro lado, percepções positivas sobre si mesmo e percepções de apoio por parte da organização são capazes de amenizar os efeitos do estresse sobre o sofrimento psicológico dos trabalhadores.
Folkman,S.,& Lazarus,R.S. (1985). If it changes it must be a process: Study of emotion and coping during three stages of a college examination. Journal of Personality and Social Psychology,48(1),150-170 Nielsen,M.B.,& Einarsen,S.V. (2018). What we know, what we do not know, and what we should and could have known about workplace bullying: An overview of the literature and agenda for future research. Aggression and Violent Behavior,42,71–83 Verkuil,B., Atasayi,S.,& Molendijk,M.L. (2015). Workplace Bullying and Mental Health: A Meta-Analysis on Cross-Sectional and Longitudinal Data. 10(8), 1-16