Resumo

Título do Artigo

EM BUSCA DE AUTOPRESERVAÇÃO: ANÁLISE DOS ANTECEDENTES DO CONSUMO SLOW FOOD NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19
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Palavras Chave

Consumo slow food
Antecedentes
Pandemia de COVID-19

Área

Marketing

Tema

Comportamento do Consumidor

Autores

Nome
1 - Geymeesson Brito da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - PROPAD
2 - JOINA IJUNICLAIR ARRUDA SILVA DOS SANTOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas
3 - LUCIMARIO FERRAZ SOARES DE LIMA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas
4 - PATRÍCIA DE OLIVEIRA CAMPOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO, INOVAÇÃO E CONSUMO
5 - Marconi Freitas da Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PROPAD) e Gestão, Inovação e Consumo (PPGIC)

Reumo

A indústria alimentícia tem vivenciado cada vez mais uma mudança significativa na atitude do consumidor em relação à sua alimentação. Diante disso, encontra-se um consumo que está ganhando cada vez mais adeptos, denominado de slow food. Ele é apresentado como um movimento cultural e político relevante para caracterizar tal mudança de atitude dos consumidores, os quais buscam por uma melhor qualidade de vida e valorização de atividades rotineiras. Além disso, ele compreende questionamentos acerca dos prazeres relacionados à aquisição, preparo e o meio ambiente (Petrini, 2009).
Ainda permanece inexplorado na literatura os motivos pelos quais os consumidores estariam sendo impulsionados ao consumo slow food durante o contexto pandêmico. Tendo em vista que a própria literatura desse fenômeno, no campo do comportamento do consumidor, ainda é escassa e fragmentada para explicar esse efeito, busca-se por meio desta pesquisa avançar o seu estado da arte ao analisar se a intenção de consumir alimentos saudáveis, a consciência de saúde e o autoisolamento explicam o consumo slow food no contexto da pandemia de COVID-19.
O consumo slow food é entendido como uma nova gastronomia, que visa utilizar matéria-prima natural (Petrini, 2009). O conceito de consumo de alimentos saudáveis, por sua vez, é multifacetado e não se refere apenas aos aspectos nutricionais, mas também aos significados atribuídos pelos consumidores (Hansen & Thomsen, 2018). A consciência de saúde está relacionada à preocupação do indivíduo quanto ao seu sistema imunológico (Buhrau & Ozturk, 2018). Por fim, o autoisolamento é um comportamento racional oriundo de uma decisão do indivíduo (Laato et al., 2020).
Com o intuito de atingir o objetivo proposto nesta pesquisa, adotou-se uma abordagem quantitativa e de natureza descritiva. A população endereçada foi composta por brasileiros com idade igual ou superior a 18 anos. Os dados foram coletados por meio da estratégia de survey on-line, resultando em um total de 423 participantes válidos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, utilizando-se a modelagem por equações estruturais.
Por meio desta pesquisa, revela-se que a intenção de consumir alimentos saudáveis atua como um forte fator explicativo do consumo slow food. Esse consumo, entretanto, não decorre de uma maior consciência de saúde. Por outro lado, a consciência de saúde atua como um determinante da intenção de consumir alimentos saudáveis. Contribui-se à literatura, ainda, ao revelar que o consumo slow food é explicado pelo autoisolamento e este implica numa maior intenção de consumir alimentos saudáveis. Por fim, sinaliza-se que a consciência de saúde explica o comportamento de autoisolamento dos indivíduos.
À guisa de conclusão, destaca-se que o objetivo central proposto para realização desta pesquisa foi alcançado ao analisar a relação da intenção de consumo de alimentos saudáveis, da consciência de saúde e do autoisolamento com o consumo slow food no contexto da pandemia de COVID-19. Dentre os principais resultados encontrados, verificou-se que a intenção de consumo de alimentos saudáveis e o autoisolamento explicam o consumo slow food. De forma contraintuitiva, revelou-se que a consciência de saúde, por sua vez, não atua como determinante desse consumo.
Berkley, V. R. (2012). The Slow Food story: politics and pleasure. Com. Develo., 683-684. Buhrau, & Ozturk (2018). Motivating healthy eating: The role of presentation format and health consciousness. FQP, 167–171. Hansen, & Thomsen. (2018). The influence of consumers’ interest in healthy eating, definitions of healthy eating, and personal values on perceived dietary quality. Food Policy, 55–67. Laato et al. (2020). Unusual purchasing behavior during the early stages of the COVID-19 pandemic: the SOR approach. JRCS, 57, 102224. Petrini, C. (2009). Slow Food: princípios da nova gastronomia.