Resumo

Título do Artigo

A RESILIÊNCIA DO CONSUMIDOR IDOSO DE BAIXA RENDA NO CENÁRIO PANDÊMICO DA COVID-19
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Palavras Chave

Marketing e Sociedade
Pandemia da Covid-19
Resiliência do Consumidor Idoso

Área

Marketing

Tema

Marketing e Sociedade

Autores

Nome
1 - Raylaine dos Santos Ferreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA (UFOB) - Barreiras- Campo Edgar Santos
2 - KEVEN VICTOR DANTAS TANAN
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA (UFOB) - Campus Reitor Edgard Santos

Reumo

Os impactos da pandemia assolaram todo o mundo ocasionando diversas mudanças na vida cotidiana das pessoas, desde o forçado distanciamento social (TERRES et al. 2020) a adequação das empresas que passaram a trabalhar via home office (CONCI, 2020). Para os idosos o cenário se tornou ainda mais agravante por serem do grupo de risco e, portanto, mais propensos a se contaminarem. No grupo de vulneráveis, os consumidores de baixa renda é um estrato social com maior propensão a sofrer os impactos ocasionados pela pandemia (HAMILTON, 2020), especialmente os idosos.
A presente pesquisa questiona quais foram os impactos causados pela Covid-19 nos consumidores idosos de baixa? No entanto, em face das apresentadas dificuldades, a resiliência no consumo surge como um meio de absorver e mitigar os efeitos causados pelas mudanças ambientais, estruturais e sociais (BAKER et al. 2009; BOOST; MEIER, 2017). Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo compreender os impactos da Covid-19 na vida de consumidores idosos de baixa renda à luz da resiliência.
A definição do conceito de consumidor de baixa renda varia a depender das circunstâncias. Ao mensurar as definições sobre renda, um fator importante como meio de avaliar a renda é o conceito de renda corrente e renda permanente. Ao enfrentar as dificuldades financeiras, os consumidores se veem obrigados a recorrer a estratégias para superar tais situações, as quais podem ser compreendidas como resiliência. Ao se deparar com as crises, os consumidores se veem obrigados a adotar meios para superar as circunstâncias criadas, como o desapego, regulação das emoções, distanciamento e abdicação.
A pesquisa caracteriza-se como qualitativa de caráter descritivo. A técnica para coleta de dados utilizada foi a entrevista semiestruturada, na qual um conjunto de questões fora organizado como desdobramento do tema principal, sendo aplicada a 10 consumidores idosos de baixa renda na região oeste da Bahia. Após isso, houve a codificação do material, classificação e organização em categorias teóricas interpretados a luz da resiliência.
A pandemia impactou os idosos de baixa renda no que tange a introdução de novos produtos, alteração da rotina financeira e em práticas resilientes de consumo. Observou-se que a entrada de novos itens de consumo como álcool em gel, máscara e produtos de limpeza impactou diretamente na renda dos entrevistados. Devido à alta do preço de produtos, o grupo passou a substituir itens de consumo ou deixar de comprar em prol da prioridade a álcool, produtos de limpeza e remédios, alguns tiveram ajuda de familiares e vizinhos com auxílio de cestas básicas.
O contexto pandêmico vivenciado no mundo e no Brasil trouxe consigo efeitos inevitáveis para toda população, sobretudo os idosos. Este público de baixa renda sofreu com profundas mudanças nas práticas e hábitos de consumo, os quais afetaram diretamente a parte financeira. Como práticas resilientes no consumo, os idosos se mostraram contrários a informações falsas divulgadas em mídias, se adequaram ao contexto do distanciamento por meio das tecnologias, adotaram uma economia regulada e práticas de bricolagem e desapego.
ALMEIDA, G. T. et al. Idosos de Baixa Renda e o Consumo De Crédito: Uma Análise sobre as Riquezas dessa relação sob o Olhar do Marketing. Revista Sociedade, Contabilidade e Gestão, v. 15, n. 1, p. 61-79, 2020. BAKER, S. Vulnerability and resilience in natural disasters: a marketing and public policy perspective. Journal of Public Policy & Marketing, v. 28, p. 114-123, 2009. PEDROSO, M. C. et al. HCFMUSP: Resiliência como Resposta à Pandemia de COVID-19. Revista de Administração Contemporânea, v. 25, n. edição especial, p. 1-20, 2021.