Resumo

Título do Artigo

Gerações Brasileiras apresentam diferentes Valores no Trabalho?
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Palavras Chave

Gerações Brasileiras
Valores Relativos ao Trabalho
Eventos Marcantes

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - JAQUELINE C MILHOME
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - Escola de Administração
2 - DIVA ESTER OKAZAKI ROWE
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - NPGA - Núcleo de Pós Graduação em Administração da UFBA

Reumo

Crenças e convicções básicas fazem o indivíduo acreditar no que é certo ou errado, norteiam suas decisões e objetivos, referente ao trabalho, denomina-se Valores Relativos ao Trabalho (VRT). Resultam de elementos culturais e sociais presentes na formação desde a infância –até o início da vida adulta. De forma que grupos de indivíduos formados em contextos socioculturais diferentes formam gerações distintas e podem apresentar VRT diferentes entre si.
O cenário do trabalho e a sociedade passam por mudanças contínuas. Indivíduos mais novosse inserem no mundo do trabalho, enquanto pessoas mais velhas se retiram. A formação desses ‘novos entrantes’ é influenciada por Valores trazidos de outras gerações e Valores elucidados de eventos sociais, econômicos e políticos que impactarm sua perspectiva de vida. Surge, então, o problema da pesquisa: Os Valores Relativos ao Trabalho diferem entre as gerações brasileiras? Nesse contexto, a presente pesquisa tem por objetivo investigar os Valores Relativos ao Trabalho em cada uma das gerações.
Comportamentos, atitudes e expectativas delineadas no mercado de trabalho atual têm tido substancial influência das diferenças entre gerações, bem como, são norteados por VRT. Alguns valores tê maior “força norteadora” de atitudes, comportamentos e respostas acerca do trabalho, do que outros. VRT em cada geração mostra-se importante porque diferentes gerações, formadas a partir de diferentes contextos sociais, têm perspectivas específicas acerca de diversas searas da vida, inclusive do trabalho. E, o trabalho tem diferentes representações e valores em diferentes contextos culturais.
Utilizou-se a Escala de Valores Relativos ao Trabalho Revisada (EVT-R) e, ao final do questionário foram solicitados dados sociodemográficos. O questionário foi disponibilizado a partir da plataforma Survey Monkey, para trabalhadores com atividades administrativas e vínculo formal direto com a organização onde trabalhavam. A amostra com 490 casos foi analisada a partir de Análise Fatorial Confirmatória (CFA), Escalonamento Multidimensional (MDS), Anova e Teste Tukey.
O MDS apresentou estrutura similar ao modelo teórico da ETV-R, bem como bons índices de qualidade do modelo. A ANOVA, comparando as diferenças de médias em cada Valor no Trabalho entre as gerações, elucidou diferenças significativas entre as gerações nas dimensões “Universalismo e Benevolência” e “Autodeterminação e Estimulação”. “Universalismo e Benevolência”, apresenta diferenças entre as gerações Diretas e Social e as gerações Hiperinflação e Social. “Autodeterminação e Estimulação”, diferenças entre as gerações Diretas e Social.
Os achados indicam gerações mais antigas com maior Universalismo e Benevolência, que diminui no decorrer de gerações mais jovens, uma vez que, pela fase da vida, os mais velhos alcançaram diferentes etapas profissionais, as quais os mais jovens ainda galgam. E características do mercado de trabalho, mais exigente e competitivo para mais novos. Diferenças de médias envolvem Geração Social. Mudanças sociais e aumento em termos de formação acadêmica vivenciadas por eles acarretaram perspectiva, em relação ao trabalho, diferente das gerações anteriores.
PAULI, J.; GUADAGNIN, A.; RUFFATTO, J. Valores relativos ao trabalho e perspectiva de futuro para a geração Z. Revista de Ciências da Administração, v. 22 n. 57, 2020. PORTO, J. B.; PILATI, R. Escala revisada de Valores relativos ao Trabalho - EVT-R. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 23, n. 1, p. 73-82, 2010. RODRIGUES, R. Diferenças Geracionais no Trabalho e Retenção de Millennials. (Dissertação de Mestrado, Faculdade de Economia da Universidade do Porto), 2018.