Resumo

Título do Artigo

PROSTITUIÇÃO PELO PRAZER OU SOBREVIVÊNCIA? Análise das vivências de prazer e sofrimento no trabalho de prostitutas no interior do Nordeste
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Psicodinâmica do Trabalho
Prostituição
Prazer e Sofrimento

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Significado do Trabalho, Satisfação e Mecanismos de Recompensa

Autores

Nome
1 - Luana Maria Silva do Nascimento
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ (IFPI) - piripiri
2 - ELANE DOS SANTOS SILVA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ (IFPI) - Piripiri
3 - Marcos Antonio Cavalcante de Oliveira Júnior
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ (IFPI) - Piripiri
4 - Linnik Israel Lima Teixeira
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - FEA
5 - Rafael Fernandes de Mesquita
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ (IFPI) - Piripiri

Reumo

A prostituição é tida como uma prática de troca de dinheiro, bens ou favores, por sexo. A principal motivação para haver a prostituição podem ser associadas a situação socioeconomica, para obtenção de uma remuneração maior. Na maioria dos casos, é realizado por mulheres com baixa educação formal e com poucas oportunidades de acesso ao mercado de trabalho. Estudos brasileiros que buscaram compreender essa temática concentram suas pesquisas em capitais e regiões metropolitanas, o que justifica a importância da investigação em contextos empíricos em regiões afastadas dos centros urbanos.
A partir deste contexto teve-se como problemática: Quais são os sentidos atribuídos ao trabalho na percepção das prostitutas? Objetiva-se apresentar as suas percepções de prazer e sofrimento no que tange o trabalho que desempenham, identificando os motivos pelas quais elas buscam este tipo de profissão; relacionando suas dificuldades e deleites da profissão em seu contexto social e familiar, além de poderem relatar os seus anseios para o futuro.
A psicodinâmica é uma teoria crítica do trabalho, que indaga a realidade e busca entender o sujeito subjetivo, no que tange às suas relações sociais e sua inserção no contexto organizacional (ROIK, 2009). A estigmatização no trabalho pode desencadear sofrimento, pela desacreditação e inferiorização da função exercida e trazer consequências na vida das pessoas (PAIVA, 2020). Quando se fala em trabalho sexual é comum a associação ao sofrimento, mas é a partir do diálogo que também se salienta a questão de prazer, identificando-o (BARRETO, 2008).
Adotou-se uma abordagem de pesquisa qualitativo-descritivo, pois buscou-se as percepções das prostitutas em relação às suas vivências no trabalho, com aplicação de entrevistas semiestruturadas baseado no estudo de Paiva et al. (2020) e posteriormente feita analise de conteúdo de acordo com as categorias de Mendes e Ferreira (2007).
Constatou-se que, embora sendo universos diferentes do prazer para o sofrimento, foi possível perceber que o sofrimento é dominante, e isso se deve a opressão e estigmatização da profissional, além do sentimento de humilhação e medo da violência. O prazer só é identificado junto à questão financeira, bem como aos desejos de mudarem de vida.
Observou-se que o dinheiro e a falta de oportunidades são os fatores principais e motivos pelas quais essas mulheres escolheram e permaneceram na prostituição. No que tange ao prazer é possível colocar a estabilidade financeira para manterem e suprirem suas necessidades sociais e familiares, mesmo que em alguns dias não seja possível levar nada para casa, por falta de clientes.
BARRETO, L. C. Prostituição, gênero e sexualidade: hierarquias sociais e enfrentamentos no contexto de Belo Horizonte. (Dissertação de Mestrado, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas) Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. PAIVA, K. C.; PEREIRA, J. R.; GUIMARAES, L. R.; BARBOSA, J. K. D.; SOUSA, C. V. E. MULHERES DE VIDA FÁCIL? TEMPO, PRAZER E SOFRIMENTO NO TRABALHO DE PROSTITUTAS. Revista de Administração de Empresas, v. 60, n. 3, p. 208-221, 2020. ROIK, A.; PILLATI, L. A. Psicodinâmica do trabalho: uma perspectiva teórica. XXIX Enegep, 2009.