Resumo

Título do Artigo

O PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: CONSIDERAÇÕES NAS AÇÕES EM EDUCAÇÃO PERMANENTE
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Palavras Chave

Atenção Primária à Saúde
Perfil Profissional
Educação Permanente

Área

Administração Pública

Tema

Gestão em Saúde

Autores

Nome
1 - Eunice Almeida da Silva
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola de Artes Ciências e Humanidades
2 - Fátima Madalena de Campos Lico
Centro de Estudos, Pesquisa e Documentação em Cidades Saudáveis - CEPEDOC- Cidades Saudáveis - São Paulo
3 - Bruna Dias Alonso
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - EACH
4 - Nathalya Fonseca Camargo
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - EACH

Reumo

As práticas desenvolvidas nos serviços de Atenção Primária à Saúde podem favorecer a reflexão sobre o pensar-fazer profissional. As ações de Educação Permanente (EP) são um dos fatores que podem contribuir para esta reflexão, possibilitando mudanças e inovações nas práticas de atendimento à saúde. Para tanto, faz-se necessário à identificação dos profissionais com essas ações, pois são elas que permitem a atualização/aprimoramento de suas práticas. Além disto, faz-se necessário a avaliação sistemática dessas ações com vistas a mensurar o impacto das mesmas no desenvolvimento profissional.
Com a pandemia pelo Sars CoV-2 ficou evidenciada a importância de avaliação, sistemática, das ações de EP com vistas a preparar os profissionais para situações adversas e para superar o foco dessas ações na erradicação ou atenuação de situações emergenciais. (SILVA et.al. 2020). O problema centra- se na indagação sobre como as ações de EP são elaboradas e avaliadas e qual a relevância atribuída ao perfil profissional em sua elaboração. O objetivo é analisar as ações de EP, descrever o perfil dos profissionais e a relevância deste na elaboração e execução dessas ações.
A falta de planejamento das ações de EP, a não inclusão do perfil profissional como relevante para o processo ensino-aprendizado e, consequentemente, para a qualidade do atendimento em saúde; a falta de uma sistemática avaliativa impossibilita calcular o impacto ou efetividade dessas ações no desenvolvimento profissional (SILVA et.al, 2020; PEDUZZI et.al., 2017), bem como alinhar as ações aos princípios da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e a Agenda 2030 da ONU e do município de São Paulo.
Trata-se de um estudo quanti-qualitativo com 91 profissionais que atuam em 11 UBS, localizadas no extremo da zona Leste do município de São Paulo e geridas por uma OSS. Foram realizadas entrevistas, guiadas por um roteio semi estruturado, pré-testado. Todos os profissionais dessas UBS foram convidados a contribuírem com a pesquisa e aqueles que consentiram a participação, foram entrevistados por estudantes da área da Saúde. Os dados foram compilados em planilhas de Excel® e analisados descritivamente. Este estudo teve aprovação ética mediante o parecer n.:9436820.1.0000.5390.
A maioria da amostra foi composta por Agentes Comunitários de Saúde seguido das enfermeiras, de 30 a 34 anos, auto declaradas pardas e heterossexuais, casadas, mães e evangélicas. Quanto a escolaridade (46,2%) possui ensino superior e é formada em instituição privada de ensino. A maioria não foi envolvida na elaboração das ações de EP que participaram. Não foi constatado método avaliativo das ações de EP em que participaram. Para a real efetividade das ações de EP julga-se necessário incluir o perfil do profissional na elaboração das mesmas, além de métodos avaliativos.
Os resultados deste estudo revelaram a importância de criar o Observatório de atividades educativas para profissionais dos sistemas públicos de saúde, recém-criado no município de São Paulo e que, posteriormente, poderá ser replicado em outros municípios. O mesmo favorecerá não somente os canais de comunicação entre o serviço público de saúde e a população, mas também os municípios e microrregiões em que há uma demanda evidente de redefinição da política de formação do trabalhador do SUS e do aporte de mecanismos de gestão que tornem mais transparentes as ações de Educação Permanente.
SILVA AE; OLIVEIRA RC; ANDRADE D; VIUDE A. Análise das atividades de educação permanente para profissionais da atenção primária à saúde. Almanaque Multidisciplinar de Pesquisa. Universidade UNIGRANRIO. ANO VIII – Volume 7 - Número 2, 2020. SILVA AM; PEDUZZI M. Caracterização das atividades educativas de trabalhadores de enfermagem na ótica da educação permanente. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):518-26. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a08.htm. Acesso em: 03 de novembro de 2020.