Resumo

Título do Artigo

REDES SOCIAIS E AS ELEIÇÕES 2018: Uma perspectiva a partir da análise das redes sociais dos candidatos no segundo turno
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Palavras Chave

Eleições 2018
Análise de Redes Sociais
Candidatos

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster e Redes de Negócios

Autores

Nome
1 - Cristiane Ferreira de Souza Araújo
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA (UNIPAMPA) - Sant'Ana do Livramento
2 - Paulo Vanderlei Cassanego junior
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA (UNIPAMPA) - Santana do Livramento

Reumo

As eleições presidenciais no Brasil apresentaram um cenário atípico em relação a sua dinâmica de funcionamento, descentralizando a atenção das propagandas políticas na TV e ampliando o debate político nas redes sociais. As estratégias eleitorais empregadas nas páginas oficiais dos candidatos no Facebook são questões que perpassam os estudos sobre política e internet (BRAGA e BECHER, 2013), pois os candidatos usam o espaço para mobilizar o eleitor, reenergizando as bases da organização política e estimulando o engajamento, seja ele offline ou online.
Problema de pesquisa: Como os candidatos à Presidência da República no Brasil utilizaram as redes sociais virtuais, no segundo turno da campanha eleitoral do ano de 2018? Objetivo geral: analisar o uso das redes sociais virtuais pelos candidatos à Presidência da República no Brasil, no segundo turno da campanha eleitoral do ano de 2018; Objetivos específicos: a) analisar a composição e a evolução das redes sociais virtuais dos candidatos, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, ao longo do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras do ano de 2018.
A fundamentação teórica deste estudo baseia-se em dois tópicos: Campanha Eleitoral nas Redes Sociais Virtuais e As eleições presidenciais 2018 no Brasil e seu contexto, sendo que no primeiro faz-se uma abordagem às formas mais eficazes de executar uma campanha eleitoral no ambiente virtual e o segundo tópico apresenta a legislação e diretrizes propostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as propagandas políticas, além de dados de resultado sobre a eleição 2018.
O método utilizado foi a Análise de Redes Sociais, com uma abordagem quantitativa e caráter de pesquisa descritivo. Para coleta de dados, utilizou-se a ferramenta NetVizz, utilizando o software Gephi 0.9.1 para construir e analisar as redes a partir das métricas de nó (de grau, autovetor, proximidade e intermediação), e de rede (densidade e modularidade). Esclarece-se que foram extraídas das páginas oficiais dos dois candidatos à Presidência da República quatro (04) redes, nos dias 08, 15, 20 e 28 de outubro de 2018, sempre em horário próximo às 12h.
Ao observar as métricas de rede e de nó percebeu-se que a rede social formada a partir das curtidas na página oficial do Facebook do candidato JB é composta por 880 nós 8.187 arestas , variando de uma rede para outra em movimento decrescente, sua densidade é de (d= 0,011) e está estruturada em seis módulos (mod=0,0358). Já a rede do candidato Fernando Haddad é composta por 196 nós 2.129 arestas aproximadamente, variando de uma rede para outra em movimento decrescente, sua densidade é de (d= 0,055) e está estruturada em quatro módulos (mod=0,0332).
A partir da identificação das redes, pode-se verificar que o ator que possui mais ligações diretas não possui, necessariamente, o maior grau de intermediação, bem como, observou-se que os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad não ocupam o primeiro lugar, por ordem de importância, em nenhuma métrica observada. Outrossim, percebeu-se que a disponibilidade de recursos financeiros e a sigla partidária ao qual pertencem os candidatos influenciaram, para mais e para menos, na utilização das mídias sociais como plataforma de comunicação dos candidatos.
BRAGA, S. NICOLÁS, M. A; BECHER, A. Clientelismo, internet e voto: Personalismo e transferência de recursos nas campanhas online para vereador nas eleições de outubro de 2008 no Brasil. Opinião Pública, n. 19, 2013. ELEITORAL, Tribunal Superior. Divulgação dos resultados das eleições. Disponível em: . Acesso em: 16 de jun de 2019. RECUERO, R.; BASTOS, M.; ZAGO, G. Análise de Redes para Mídia Social. Porto Alegre: Sulina, 2015.