Resumo

No seio da sociedade, de modo objetivo e considerando todas as suas ramificações, há de se admitir e ressaltar o papel significativo que as instituições possuem e desempenham no que diz respeito ao desenvolvimento da coletividade. Nesse sentido, repetidos são os esforços de certas instituições, a fim de desenvolver, no cerne de seus agentes/e ou indivíduos, ações para o desenvolvimento da sociedade. Como resultado da promoção desta cultura, surge um emaranhado de ações, instituições, empresas e indivíduos, que assim, formam o que pode ser chamado de Ecossistema Empreendedor.

O presente estudo tem como objetivo mapear as instituições de fomento ao Empreendedorismo no Oeste Paulista, como etapa inicial de um projeto de pesquisa que abrange a caracterização do Ecossistema Empreendedor da referida região sob uma perspectiva de rede, considerando a rede de relações que se formam entre os diversos atores que compõem esse sistema. Pretende-se com este trabalho, salientar a importância dessa rede para o desenvolvimento do empreendedorismo no Oeste Paulista, bem como a contribuição para a sociedade a qual está inserida.

Mason e Brown (2014, p. 5) afirmam que o Ecossistema Empreendedor é o “conjunto de atores interconectados empresariais (...) que formalmente e informalmente se aglutinam para se conectar, mediar e gerir o desempenho dentro do ambiente empresarial local”, neste ponto admite-se o Ecossistema Empreendedor como algo significativamente complexo e resultante das interações entre seus agentes, com vista a formar uma rede/teia com vários pontos de intersecção que reforçam e dão sustentação a cada ator da rede regionalmente (ISENBERG, 2011).

O presente estudo se caracteriza como abordagem qualitativa, pois a intenção é aprofundar o conhecimento sobre o tema, fazendo uso da descrição para melhor compreensão do objeto estudado (MASCARENHAS, 2012). Aspirando obter respostas ao problema proposto, o estudo fez uso de pesquisa bibliográfica, identificando referências para sustentar as proposições apresentadas (CERVO, BERVIAN e DA SILVA, 2007), em consulta em livros, artigos científicos, sites especializados no assunto e pesquisa documental.

Alinhado aos argumentos de Motoyama e Watkins (2014) tem-se que o Ecossistema Empreendedor do Oeste Paulista conta com a participação de vários agentes: empreendedores, organizações de apoio com foco em empreendedorismo, eventos empresariais e universidades. Logo, depreende-se que é inerente ao Ecossistema Empreendedor o papel do agente propriamente dito e sua capacidade de mudar a ordem econômica; assim, para causar a inovação admite-se a necessidade das entidades de apoio que viabilizam ações, alinhadas a estudos científicos que as instituições de ensino desenvolvem.

Dado a problemática que este trabalho se assenta, a fim de desenvolver informações que deem base para o fortalecimento do Ecossistema Empreendedor da região do Oeste Paulista, adota-se a ótica de que, para haver fortalecimento do Empreendedorismo regional, é necessária a atuação de atores locais de forma gradual. De qualquer forma, fica evidente, já neste ponto da pesquisa, que, de fato, há agentes que influenciam e contribuem para o fortalecimento do Ecossistema Empreendedor da região estudada.

DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 6 ed. São Paulo: Empreende/Atlas, 2016. ISENBERG, D. How to start an entrepreneurial revolution. Harvard Business Review, v. 88, n. 6, p. 40-50, 2010. ISENBERG, D. The entrepreneurship ecosystem strategy as a new paradigm for economy policy: principles for cultivating entrepreneurship, Babson Entrepreneurship Ecosystem Project, Babson College, Babson Park: MA, 2011. MASON, C.; BROWN, R. Entrepreneurial ecosystems and growth oriented entrepreneurship. Final Report to OECD, Paris, 2014.