Resumo

Título do Artigo

SENTIMENTOS DE CULPA DE ESTUDANTES NO STRICTO SENSU
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Palavras Chave

SENTIMENTO DE CULPA
ESCALA MULTIDIMENSIONAL DE CULPABILIDADE (EMC)
STRICTO SENSU

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Ambientes de ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Ricardo Biernaski Kachenski
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Jardim Botânico
2 - Rayane Camila da Silva Sousa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Campus Jardim Botânico
3 - Pavel Elias Zepeda Toro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Jardim Botânico
4 - Flaviano Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Campus Botânico
5 - Romualdo Douglas Colauto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - contabeis

Reumo

A culpa é uma aceitação da responsabilidade de alguém em relação a si mesmo, por ter feito algo errado ou por ter parado de fazer algo que se esperava que fosse feito ou realizado, despertando sentimentos de desqualificação pessoal (Tellenbach, 1976, Castilla Del Pino, 1991, Elvin-Nowak, 1999, Grinberg, 1994, Tangney, 1993, Vázquez, 1995). Nesse contexto, objetivo desta pesquisa consiste em verificar o nível de concordância em relação ao sentimento de culpa de estudantes de pós-graduação stricto sensu.
O sentimento de culpa está presente desde a infância das pessoas, interessa aos psicólogos e estudantes de diversas áreas do conhecimento, tendo em conta que está associado às relações interpessoais dos indivíduos (Tournier, 1985). O presente estudo busca evidências para responder à seguinte questão de pesquisa: Qual o nível de concordância em relação ao sentimento de culpa dos alunos de pós-graduação stricto sensu? De modo específico, procura-se explorar o sentimento de culpa considerando aspectos sociodemográficos e áreas de atuação dos estudantes envolvido na amostra por acessibilidade.
Tilghman-Osborne, Cole e Felton (2010) identificaram que a maior parte das teorias e medidas sobre culpa consideravam a culpa como sendo uma resposta de uma transgressão moral real ou imaginária. Aquino e Medeiros (2009) sugerem uma definição de culpa baseada em três traços latentes de culpa: culpa subjetiva, objetiva e temporal. A culpa objetiva acontece quando uma lei é violada e o sujeito é culpado, enquanto a culpa subjetiva está associada aos sentimentos de remorso e autocondenação (Collins, 2004) e a culpa temporal está associada a perda de tempo (Tournier,1985).
Esse estudo de caráter descritivo e abordagem quantitativa. A coleta dos dados foi realizada por meio de survey. O questionário foi dividido em dois blocos: (I) Caracterização do respondente; e (II) Escala Multidimensional da Culpabilidade. Para a extração dos fatores que compõem a EMC aplicou-se a técnica de Análise Fatorial Exploratória, e a confiabilidade da escala foi examinada por meio do Alpha de Cronbach. Em virtude da não normalidade dos dados, utilizou-se o teste não paramétrico Kruskal-Wallis (KW) para verificar as diferenças entre os grupos.
O modelo apresentado após a realização da Análise Fatorial Exploratória explica 69,82 % da variância total e os resultados do coeficiente de Alpha de Cronbach para a EMC demonstram a confiabilidade do modelo. O sentimento de culpa se distribuiu de forma semelhante quando se considera todos os estudantes que pertencem as Grandes Áreas da Capes, e quando se observa isoladamente os Cursos da área de Negócios e em comparação aos demais. Há diferenças de distribuição do sentimento Culpa Temporal para o tipo de Região da Instituição, Fases da Pós-graduação, Intercâmbio, Gênero e Religião.
Os resultados evidenciaram que a maioria dos respondentes concordam totalmente com os sentimentos de culpa descritos no Fator 1-Culpa Temporal. Sabendo que a pós-graduação stricto-sensu tem uma alta demanda de estudos, pesquisas e atividades extras que ocupam boa parte do tempo dos estudantes, o aspecto temporal acaba sendo uma de suas principais preocupações, desencadeando o sentimento de culpa. Em relação aos aspectos sociodemográficos os resultados evidenciam que o sentimento de culpa se distribui de forma igual entre a Grande Área do Curso que o curso pertence e os Cursos.
Aquino, T. A. A., & Medeiros, B. (2009). Escala de culpabilidade: Construção e validação de construto. Avaliaçao Psicologica: Interamerican Journal of Psychological Assessment, 8(1), 77-86. Collins, G.R. (2004). Aconselhamento cristão. São Paulo: Vida Nova. Tournier, P. (1985). Culpa e Graça: uma análise do sentimento de culpa e o ensino do evangelho. São Paulo: ABU Editora. Tilghman-Osborne, C., Cole, D. A., & Felton, J. W. (2010). Definition and measurement of guilt: Implications for clinical research and practice. Clinical Psychology Review, 30(5), 536-546.