Resumo

Título do Artigo

A gestão dos gastos públicos em saúde influencia aspectos de educação e renda no desenvolvimento humano?
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Palavras Chave

Gestão Pública
Recursos em saúde
DEA-Dois Estágios

Área

Artigos Aplicados

Tema

Administração Pública

Autores

Nome
1 - Vanderléia de Souza da Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Faculdade de Ciências Aplicadas
2 - Maria de Nazareth Rodrigues Malcher de Oliveira Silva
-
3 - Johan Hendrik Poker Junior
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Faculdade de Ciências Aplicadas

Reumo

A falta de saúde na vida do cidadão é um efeito cíclico, por exemplo, quando falta condições de saúde afeta o indivíduo em aspectos relacionados a sua produção laborativa, como estudar e trabalhar e, em consequência disso, afeta diretamente sua condição socioeconômica. Em contrapartida existe uma preocupação global com os gastos públicos, principalmente em saúde, entendendo que estes recursos estão cada vez mais escassos, devido ao crescente aumento do número de usuários nos serviços públicos de saúde, da incidência de doenças, de base crônico degenerativas, com alto custo; além das e das irre
Esta realidade é comprovada quando em 2014, o Brasil teve o terceiro maior gasto total per capita em saúde da América Latina, ficando apenas atrás do Chile e Uruguai (WHO, 2017). Entretanto, quando estes valores são comparados à expectativa de vida nos países da América Latina, o Paraguai e o Peru, que gastaram menos da metade do que o Brasil alcançaram índices similares de longevidade, demonstrando que o montante gasto nem sempre está relacionado com a eficiência.
A relação apresentada de gasto e eficiência em saúde na população são observadas de forma extensa na literatura como uma evidência científica, na qual reforçam, entre outras questões, a contribuição da saúde para a qualidade de vida dos indivíduos e populações (Varela, 2008; Daniel, 2011; Varela, Martins e Fávero, 2012; Mazon, 2012; Alves & Costa, 2013; Queiroz et al., 2013; Macedo, 2013; Passoni e Gomes, 2014; Passoni, 2014; Rocha et al., 2014; Braga, Ferreira e Braga, 2015; Daniel e Gomes, 2015; Morais e Silva, 2015).
Apesar da evolução satisfatória da gestão em saúde ainda permanecem processos ineficazes dos gastos públicos. Neste sentido mostram-se relevantes estratégias que possibilitem avaliar estes cenários. Diante disso, o objetivo geral do estudo é analisar a eficiência dos gastos públicos nos municípios paranaenses por meio da Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis – DEA). E na etapa seguinte, identificar as interveniências dos fatores exógenos na gestão municipal nos gastos de saúde e saneamento com a Regressão Linear Múltipla.
Os resultados apontaram cinco municípios eficientes e os fatores exógenos identificados como interventores à eficiência foram: a distância da capital estadual; o número de ocorrência de neoplasias na população; o município ser sede de regional de saúde e a variação do IDH-M fator Educação. Nesse sentido, a identificação de fatores exógenos à gestão do gasto público em saúde pode aumentar a longevidade dos munícipes. Entretanto, o aumento dos gastos públicos em saúde e saneamento não se mostraram necessários em alguns dos municípios.
A contribuição do estudo reside na apresentação dos municípios eficientes para que possam servir de referência (benchmarking) aos ineficientes e, também, na identificação dos fatores interventores à eficiência, que se tratados adequadamente pelos gestores públicos dos municípios podem proporcionar um aumento a longevidade dos munícipes.