Resumo

Título do Artigo

ESTUDO DA INOVAÇÃO BRASILEIRA NA ATIVIDADE DA INDÚSTRIA, DO SETOR DE ELETRICIDADE, GÁS E SERVIÇOS: UMA ANÁLISE ESTATÍSTICA DE CLUSTER
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Palavras Chave

PINTEC
Analise de Cluster
Inovação Tecnologica

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Fabiana Liar Agudo
IFSP - Insitituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de São Paulo - Tupã
2 - José Eduardo Del Valle
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Tupã
3 - Sandra Cristina de Oliveira
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Faculdade de Ciências e Engenharia
4 - Sergio Silva Braga Junior
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Faculdade de Ciência e Engenharia de Tupã

Reumo

O avanço tecnológico e de inovação tem contribuído para o desenvolvimento econômico dos países ao longo das décadas. Muito se tem atribuído ao patamar de qualificação e de educação dos trabalhadores, como um dos fatores mais importantes no crescimento produtivo e de melhorias em todos os aspectos. De certa forma, a inovação tornou-se, para muitas empresas, a principal estratégia competitiva de sobrevivência e de crescimento, além da possibilidade de aproveitar as oportunidades de mercado, gerando vantagens competitivas.
A questão de pesquisa que norteou o desenvolvimento deste trabalho é: Quais são as dificuldades enfrentadas pelas organizações brasileiras para a implantação da estratégia de inovação? Assim, o objetivo geral deste artigo é analisar os motivos da não implantação da prática de inovação na atividade brasileira da indústria, no setor de eletricidade, gás e serviços. Como objetivos específicos, pretende-se agrupar, pelo método de cluster, setores comuns que tenham similaridade nos dados.
A inovação é fator fundamental para o crescimento e desenvolvimento das empresas seja qual for o perfil, para isso as empresas de pequeno e médio porte devem buscar nesta opção de estratégia a sua capacidade de se manter no mercado que está cada vez mais exigente, competitivo e globalizado (SILVA NETO, 2012). Ainda que haja a patente para segurar direitos e ganhos de competividade, a efetivação das inovações, sejam elas sociais, tecnológicas e comerciais, são complexas, não havendo um padrão único e previsível a ser seguido pelas organizações (OEIJ et al., 2019).
Os dados foram coletados da base do IBGE, da PINTEC, triênio 2012 a 2014, que visa fornecer informações para a construção de indicadores de inovação das instituições brasileiras (IBGE, 2016). O estudo envolve variáveis categóricas (tipo de indústria) e numérica (volume de respondentes para cada motivo da não implantação da inovação). Os respondentes da pesquisa PINTEC são indústrias extrativista e de transformação, empresas de energia e gás e do setor de serviços, totalizando um volume de 132.529 organizações participantes. A técnica de pesquisa utilizada neste artigo é a análise de cluster.
O estudo abarca os motivos da não implantação da estratégia de inovação, os quais são subdivididos em 12 dificuldades, cada qual com um nível de percepção dos respondentes (alto, médio e baixo), totalizando 36 variáveis de estudo. Após a formação dos cluster, apurou-se na base de dados os principais motivos que levaram as empresas do setor do cluster a não implantar a estratégia de inovação. Para indicar as razões que dificultam a prática da inovação, examinou-se em cada cluster, o maior número de respondentes daquele dado motivo e sua frequência, cujo resultados sejam apresentado por cluster.
Considera-se que o objetivo proposto por este artigo de analisar os motivos da não implementação da prática de inovação na atividade brasileira da indústria, no setor de eletricidade, gás e serviços foi atingido, visto que, pela metodologia de análise de cluster, as razões comuns da não prática da inovação, nas empresas dos referidos setores, foram agrupadas. É recorrente, nos estudos da literatura, generalizar as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas brasileiras para inovar, todavia, identificou-se na formação dos clusters, motivos específicos em cada grupo.
BACKSTROM, I.; BENGTSSON, L. A mapping study of employee innovation: proposing a research agenda. European Journal of Innovation Management, v. 22, p. 468-492, 2019. PESQUISA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (PINTEC). PINTEC 2000-2011. 2011. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2019. SCHUMPETER, J. A. Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997. Tradução de Maria Sílvia Possas.