Resumo

Título do Artigo

FATORES EXPLICATIVOS DA DISCLOSURE AMBIENTAL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE FIRMAS BRASILEIRAS E HOLANDESAS
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Palavras Chave

Divulgação ambiental
Desempenho financeiro
Relatórios de Sustentabilidade

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Desempenho Social Corporativo (CSP)

Autores

Nome
1 - Alan Bandeira Pinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Contabilidade
2 - Eva Valeria Maia Lameu
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade
3 - Ana Carla Cavalcante das Chagas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Contabilidade
4 - THICIA STELA LIMA SAMPAIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Ciências Contábeis

Reumo

As firmas têm mostrado grande interesse na divulgação de informações de sustentabilidade através dos relatórios ambientais. Esses relatórios, publicados anualmente, têm como função informar as ações em RSC das firmas. Assim, as empresas emitem seus relatórios na tentativa de legitimar suas ações, adquirir benefícios políticos, atrair novos investimentos e desenvolver uma imagem positiva perante os stakeholders.
A pergunta que direciona a pesquisa é: Como se caracteriza a relação entre a disclosure ambiental e seus fatores explicativos? Assim, o presente estudo tem como objetivo geral investigar a relação entre a disclosure ambiental e seus fatores explicativos. Para o alcance desse objetivo geral, a pesquisa tem como objetivos específicos: analisar o impacto das vendas, lucros, ativos, valor de mercado, idade da firma e número de funcionários na disclosure ambiental.
As firmas passaram a demonstrar maior atenção às questões ambientais devido a pressões do governo, dos ambientalistas e à medida que a sociedade estava se tornando mais consciente dos efeitos decorrentes das atividades empresariais. Desse modo, as organizações estão atentas a divulgar suas informações ambientais de forma voluntária, a fim de melhorar sua imagem e evitar conflitos com os stakeholders. Diante disso, a teoria da legitimidade e a teoria dos stakeholders são as teorias mais empregadas em pesquisas acerca da disclosure ambiental.
A pesquisa analisa 19 empresas brasileiras e 22 empresas holandesas presentes no ranking da Forbes (2015), durante os anos de 2015, 2016 e 2017. A variável dependente do estudo foi a divulgação ambiental. Para isso, foram analisados 30 indicadores ambientais da Global Reporting Initiative (GRI) nos relatórios ambientais das firmas. As variáveis independentes são as características das firmas, como desempenho financeiro, idade e tamanho. Para obter os resultados foram utilizados: estatística descritiva e inferencial, testes de normalidade, correlação de Pearson e regressão hierárquica.
Os resultados apontam que existe uma relação positiva entre vendas, valor de mercado, tamanho e idade da firma e a divulgação ambiental. Em contrapartida, os dados mostram que existe uma relação negativa entre lucros e ativos e a divulgação ambiental.
Portanto, pode-se afirmar que a disclosure ambiental do Brasil e da Holanda é explicada pelas variáveis independentes que medem as vendas, o valor de mercado e o número de funcionários (tamanho). Dessa forma, quanto maior é o valor das vendas, o valor de mercado da empresa, mais a empresa informa aos stakeholders suas ações ambientais. Além disso, quanto maior é uma firma brasileira e holandesa, mais ela faz a evidenciação ambiental em seus relatórios de sustentabilidade.
BRANCO, M. C.; RODRIGUES, L. L. Factors influencing social responsibility disclosure by Portuguese companies. Journal of Business Ethics, v.83, n.4, p.685-701, 2008. GAMERSCHLAG, R.; MÖLLER, K.; VERBEETEN, F. Determinants of voluntary CSR disclosure: Empirical evidence from Germany. Review of Managerial Science, v. 5, n. 2, p.233-262, 2011. GRAY, R.; KOUHY, R.; LAVERS, S. Corporate social and environmental reporting: a review of the literature and a longitudinal study of UK disclosure. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v.8, n. 2, p.47-77, 1995.