Clima Organizacional
Gestão de Pessoas
Gestão Pública
Área
Administração Pública
Tema
Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades
Autores
Nome
1 - Gustavo henrique Silva de Souza INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS (IFNMG) - Campus Teófilo Otoni
2 - RAFAEL FARIAS GONCALVES INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS (IFNMG) - Campus Montes Claros
3 - Yuri Bento Marques INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS (IFNMG) - Campus Teófilo Otoni
4 - Rodrigo Martins -
5 - Mara Christiani Pimenta INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS (IFNMG) - Reitoria
Reumo
Na Administração Pública, desenvolver práticas e políticas de gestão pessoas tem sido um desafio iminente, dada a necessidade de se cumprir procedimentos sistemáticos e previamente planejados dentro do limiar da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. Conforme Gemelli e Filippim (2010) explicam, no serviço público, a gestão de pessoas tem um papel estratégico, pois deve estar alinhada aos objetivos institucionais (particulares de cada órgão) e às possibilidades de organização e desenvolvimento de pessoal.
No contexto do serviço público, há poucos estudos que tratem do clima organizacional (p.ex., OLIVEIRA, 2011; FRANCHI; ARENHARDT, 2014; NUNES, 2015). Assim, este trabalho analisar o clima organizacional em uma instituição do setor público, visando encontrar novas formas de administrar pessoas, em uma ambiência de rigidez organizacional e burocrática, que possam nortear as tomadas de decisão. Nesse sentido, este estudo teve por objetivo analisar o clima organizacional no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) e recomendar propostas de intervenção para os problemas encontrados.
Considerando pressupostos teóricos, o clima organizacional se refere a uma série de estímulos internos à organização, que influenciam percepções e significados sobre o ambiente organizacional e de trabalho (SCHNEIDER; REICHERS, 1983), ou seja, é formado a partir de percepções compartilhadas de um grupo, podendo influenciar, inclusive, na satisfação do colaborador, no seu rendimento e na sua motivação (MARTINS, 2008).
Em termos metodológicos, este estudo se delineou em caráter descritivo e quantitativo nos procedimentos de coleta e análise de dados e apresentação dos resultados. Assim, contou-se com duas amostras não probabilísticas, de conveniência, de 202 docentes (amostra 1) e 272 técnicos administrativos (amostra 2). Para a realização do estudo foi utilizado um instrumentos de pesquisa, considerando critérios normativos de instrumentalização (ver, HAIR et al., 2014). Foi utilizada a Escala de Clima Organizacional – ECO (MARTINS, 2008), além da aplicação de um questionário sociodemográfico.
Os resultados mostram um clima organizacional mediano (m=3,306). Especificamente no fator Controle/Pressão, os resultados mostram escores baixos (próximos do ponto de corte inferior de 2,5) para docentes (m=2,613) e técnicos administrativos (m=2,649), denotando pouco controle ou pressão no trabalho.
As análises mostram que o IFNMG possui um clima organizacional predominantemente mediano, com algumas deficiências relacionadas ao reconhecimento dado ao trabalho feito pelos servidores (principalmente, em relação as suas expectativas e à qualidade do que eles produzem) e ao conforto infraestrutural da organização e sua preocupação com questões ergonômicas e postura laboral. Esses resultados e outras situações encontradas devem ser estudados de forma mais acurada por parte dos gestores da Instituição, fornecendo subsídios empíricos para novas práticas e políticas de gestão de pessoas.
BAUR, B. T. et al. Melhorando processos de seleção, avaliação de desempenho e mapeamento de perfis nas organizações: um estudo de clima organizacional na empresa Certo Distribuição. Semana de Iniciação Científica – SIC, 2017, 5., Araçuaí-MG. Anais... Montes Claros: IFNMG, 2017.
COHEN, R. J.; SWERDLIK, M. E.; STURMAN, E. D. Testagem e avaliação psicológica: introdução a testes e medidas. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.