Resumo

Título do Artigo

Conhecimento e Redes de Relacionamento na Internacionalização: um estudo de caso na empresa Brazilian Kimberlite Clay
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Palavras Chave

Internacionalização
Conhecimento
Networks

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - VITORIA NERY SANTANA
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - liberdade
2 - Carina Marques Monteiro
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Liberdade
3 - Lígia Gomes de Lima
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - LIBERDADE
4 - ROBERTO FLORES FALCÃO
Centro Universitário Alfa - Mestrado Profissional em Administração

Reumo

A internacionalização é um fenômeno que marca uma nova etapa no ambiente empresarial. Empresas brasileiras tiveram um tardio e lento processo de internacionalização. A abertura das fronteiras do país propiciou maior engajamento no comércio internacional. Houve aumento no interesse das empresas brasileiras a desenvolver operações internacionais para fugir da extrema competição do mercado interno. O setor de cosméticos é um dos setores que se destaca na economia do Brasil. A importância do setor para o país vai além da geração de trabalho e renda, por seu investimento em comunicação e inovação.
O objetivo desta pesquisa é descrever o processo de internacionalização de uma empresa brasileira do setor de cosméticos, a Brazilian Kimberlite Clay (BKC), empresa que teve auxilio institucional público e privado do país na sua internacionalização e, com base nas Teoria Comportamentais, a da Escola da Uppsala e a Teoria de Networks, responder se o desenvolvimento de conhecimento e de redes de relacionamento são eficazes para o sucesso na internacionalização de uma empresa.
As Teorias Comportamentais e Econômicas são as mais utilizadas para explicar o processo de internacionalização das empresas. Cyert e March (1992) desenvolveram a Teoria Comportamental da Firma e questionam o conhecimento perfeito e a maximização do lucro. Neste campo, destaca-se a Escola de Uppsala. Outra importante teoria ligada à abordagem comportamental é a Teoria de Networks, considerada uma evolução natural de Uppsala. A teoria não se atem às questões econômicas ou à distância psíquica, e sim aos laços cognitivos e sociais que se formam.
O método de pesquisa tem caráter exploratório e qualitativo. Optou-se pela utilização de um estudo de caso único na BKC: (i) uma empresa da indústria de HPPC, com um produto raro e inovador, (ii) ela já se aventurou internacionalmente sozinha, mas acabou procurando auxílio de instituições do país para se capacitar e crescer organizada, e (iii) o processo de internacionalização foi auxiliado por instituições brasileiras, ligadas à Apex-Brasil e à ABIHPEC. Foram coletados dados em documentos e artigos da mídia, e por meio de uma entrevista em profundidade com um diretor da empresa.
Segundo a teoria da escola de Uppsala, a internacionalização ocorre gradualmente, com a entrada sucessiva em novos mercados e com crescente grau de comprometimento nestes. A internacionalização da BKC ocorreu de forma gradual, seguindo o que prega a teoria da escola de Uppsala. A participação em uma feira trouxe muito conhecimento para a empresa, assim como as parcerias com as Câmaras de Comércio, com a ABIHPEC, com o PEIEX, pela familiarização aos costumes e com a cultura local. Tais parcerias também proporcionaram relacionamentos que contribuíram para a internacionalização da empresa.
Ao analisar o Modelo de Uppsala na internacionalização da BKC, observa-se a eficácia da teoria para a internacionalização no que diz respeito ao conhecimento adquirido. No entanto, aspectos da teoria relacionados à distância psíquica, pouco explicam a escolha dos países pela empresa. Sua definição aconteceu conforme as oportunidades que surgiam em decorrência dos relacionamentos criados, durante as feiras internacionais, com a ABIHPEC, com as Câmeras de Comércio, e não de acordo com a proximidade cultural e psicológica com o Brasil. O caso também evidencia a eficácia da Teoria de Networks.
BJORKMAN, I.; FORSGREN, M. Nordic intl business research. Intl Std of Mngt & Org, 30(1), 2000. BORINI, F.; FLEURY, M. L.; OLIVEIRA, M. de. Gestão de competências negócios internacionais. Atlas, 2008. CYERT, R. M.; MARCH, J. G. A behavioral theory of the firm. Prentice, 1963. JOHANSON, J.; VAHLNE, J. The internationalization process of the firm: a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. JIBS, 8(1), 1977. MADEIRA, A. B.; SILVEIRA, J. A. Internacionalização de empresas: teorias e aplicações. St Paul, 2013. YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. Bookman,