Resumo

Título do Artigo

Borderless Firms e a Configuração Global do Empreendimento: Estudo de Caso
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Palavras Chave

Borderless Firm
International New Venture
Cadeia de Valor Global

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Luíza Neves Marques da Fonseca
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO) - IAG
2 - Angela Maria Cavalcanti da Rocha
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO) - IAG Escola de Negócios

Reumo

O processo de internacionalização de empresas passou por mudanças significativas nos últimos anos, resultando na diminuição do nível mínimo de comprometimento necessário para estabelecer operações no exterior e permitindo que empresas de menor porte pudessem atuar em mercados externos de forma mais rápida e logo no início de sua trajetória. Espera-se que, em futuro próximo, empreendedores se importarão cada vez menos com as barreiras nacionais, uma vez que a falta de recursos deixa de ser determinante para explorar as oportunidades de desenvolvimento de atividades globalmente dispersas.
A pesquisa dedicou-se a investigar o desenvolvimento do processo de configuração global das atividades de valor de uma Borderless Firm, um tipo de INV que desafia a logica das empresas de origem bem definida, que se desenvolve desde o início com operações, recursos e capacidades dispersos geograficamente e que apresentam diversos motivos para se internacionalizar. Ademais, explora-se importância das redes de relacionamento como facilitadoras na coordenação de atividades realizadas internacionalmente pelas empresas, inclusive como mecanismo de governança alternativo para proteção de ativos.
O trabalho se insere no contexto dos estudos sobre o processo de internacionalização de Pequenas e Médias Empresas, por isso fundamenta-se nas Teorias Comportamentais: o Modelo de Uppsala e de Redes de Relacionamento e seu desenvolvimento ao longo das últimas décadas. Ademais, abrange também a literatura mais recente do campo de Empreendedorismo Internacional, a saber, as International New Ventures, Born Globals e Borderless Firms.
Para atingir o objetivo desta pesquisa, optou-se por utilizar o método de estudo de caso único, considerado como o mais adequado à natureza e à complexidade do problema. A seleção da empresa em questão seguiu os seguintes critérios: (i) tratar-se de um caso crítico, pois seria utilizado para testar, confirmar, desafiar ou acrescentar a uma teoria existente; (ii) ser uma empresa de fundação recente e que coordenasse diferentes atividades em diversos países; e por último, (iii) obter-se acesso a esse tipo de empresa, que ainda constitui uma parte reduzida das pequenas empresas brasileiras.
Primeiramente, a análise se dedica a enquadrar a empresa selecionada segundo as características da Borderless Firm definidas na literatura, explicitando quais atividades são exercidas em cada local e desde quando. Em seguida, analisa-se individualmente os motivos que levaram ao estabelecimento dessas atividades em cada país e como se deu esse processo, aplicando-se a lógica de previsão e/ou controle. Por último, explora-se o papel das redes de relacionamento durante a trajetória internacional da empresa.
Corrobora-se aspectos como a diversidade de motivos que influem nas decisões de internacionalização da BF e a alternância entre as lógicas de previsão e controle que guiam esse processo. Ressalta-se a importância das redes de relacionamento para o reconhecimento de novas oportunidades, diminuição das barreiras ao aprofundamento da internacionalização, e como mecanismo alternativo de governança para evitar o oportunismo. Sugere-se que a configuração global baseada em relacionamentos complexos com diversos atores internacionais pode ser fonte de vantagens competitivas sustentáveis.
Cavusgil, S. T., & Knight, G. (2015). The born global firm: An entrepreneurial and capabilities perspective on early and rapid internationalization. Corado-Simões, V. et al. (2018). Borderless companies versus born globals: Why we do need another label. Galkina, T., & Chetty, S. (2015). Effectuation and networking of internationalizing SMEs. Knight, G. A., & Liesch, P. W. (2016). Internationalization: From incremental to born global. Oviatt, B. M. & McDougall, P. P. (1994). Toward a theory of international new ventures. Rocha, A. et al. (2017). From global start-ups to the borderless firm.