Resumo

Título do Artigo

INVESTIMENTOS DE CAPITAL ESTRANGEIRO NAS EMPRESAS ABERTAS BRASILEIRAS: Efeito do Nível de Governança Corporativa da B3
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Palavras Chave

Internacionalização Financeira
Governança Corporativa
Nível Diferenciado B3

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Almineide Nogueira Duarte
FACULDADE FUCAPE (FUCAPE) - São Luís
2 - Sérgio Augusto Pereira Bastos
FACULDADE FUCAPE (FUCAPE) - Administração de Empresas

Reumo

A dinâmica dos mercados internacionalizados foi observada por Santos, Vasconcelos e Luca (2015), que destacaram a importância da adaptação estratégica e estrutural da empresa, compreendendo a necessidade por informações ancorada pelo modelo de governança corporativa dominante no país. Para crescer, as empresas necessitam recorrer a um maior financiamento externo e, para consegui-lo, devem possuir boa governança corporativa (Mapurunga, Ponte, & Oliveira, 2015; Pinheiro et al., 2017).
O objetivo é investigar o impacto dos níveis diferenciados de governança corporativa na participação de capital estrangeiro no capital social de empresas brasileiras de capital aberto listadas na B3.
A internacionalização evidenciou a necessidade de investigar a estrutura de capital associada às estratégias e formas de endividamento das empresas (Ribeiro, Pereira, & Ribeiro, 2017). Empresas com base de conhecimento mais ampla, avaliam e julgam melhor a viabilidade de oportunidades de investimento (Andrevski, Brass, & Ferrier, 2016). Para Costa et al. (2018), a teoria Resource-Based View (RBV) cobre aspectos relacionados aos recursos internos da empresa, abrangendo os recursos financeiros e a estrutura de capital.
A presente foi quantitativa, de natureza exploratória e utilizou dados secundários. A população do estudo abrangeu todas as empresas listadas na B3 no período de 2010 a 2017, em operação em 31 de dezembro de 2017. A escolha desse intervalo de tempo se fez necessária em função das alterações na estrutura das demonstrações contábeis, promovidas pela adoção completa das IFRS em 2010. Chegou-se à amostra total de 269 empresas.
O modelo proposto mostra que a decisão em investir capital estrangeiro nas empresas brasileiras é significativamente explicado pelo nível de governança, pela adesão a um dos níveis de governança, pelos juros reais e pelo risco Brasil, mas não é estatisticamente significante à variação do PIB e porte da empresa.
Dos fatores macroeconômicos considerados - juros reais, risco Brasil e evolução do PIB -, apenas os juros reais foram significantes a 5% para o investimento de capital estrangeiros. Com relação às variáveis independentes - condição de integrar algum nível diferenciado de governança corporativa e o nível diferenciado de governança corporativa – houve indicação de impacto no nível de participação de capital estrangeiro. Constatou-se, também, que as empresas, após serem classificadas em um dos níveis diferenciados de governança corporativa, não tendem a galgar níveis superiores.
Andrevski, G., Brass, D. J., & Ferrier, W. J. (2016). Alliance portfolio configurations and competitive action frequency. Journal of Management, 42(1), 811-837. Mapurunga, P. V. R., Ponte, V. M. R., & Oliveira, M. C. (2015). Determinantes das práticas de governança corporativa: um estudo nas empresas registradas na CVM. Advances in Scientific Applied Acounting, 8(3), 374-395. Ribeiro, R. B., Pereira, V. S., & Ribeiro, K. C. S. (2017). Estrutura de capital, internacionalização e países de destino de empresas brasileiras: uma análise da hipótese Upstream-Downstream. BBR, 4(6), 575-591.