Resumo

Título do Artigo

EDUCAÇÃO FINANCEIRA: MATERIALISMO E O ENDIVIDAMENTO DO SERVIDOR PÚBLICO DE CARAGUATATUBA
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Palavras Chave

Educação Financeira
Materialismo
Endividamento

Área

Finanças

Tema

Gestão Financeira

Autores

Nome
1 - Paula Alexandra Soares Corpas Ávila
Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo - IFSP - Caraguatatuba
2 - Marlette Cassia Oliveira Ferreira
IFSP - Insitituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Caraguatatuba

Reumo

A Educação Financeira surge como um elemento no âmbito das finanças comportamentais ao ser explorada em muitos estudos evidenciando a quantidade de contribuições para esta teoria no mundo acadêmico ao abordarem a Educação Financeira em áreas acadêmicas e empresariais, explorando variáveis socioeconômicas, comportamentos atitude perante o Endividamento e diferenças entre públicos. O Materialismo estudado a partir dos anos 80, atualmente é associada ao Endividamento e ao Consumismo posicionando-se como item relevante das finanças comportamentais, sempre tendo como principal grupos, os jovens.
Para entender melhor o comportamento dos diferentes tipos de servidores públicos e tendo a Educação Financeira como estímulo dessa relação definiu-se a seguinte pergunta de pesquisa: o Materialismo e o Endividamento dos servidores públicos de Caraguatatuba é influenciado pelo seu comportamento e sua Educação Financeira? Tendo como objeto de estudo o comportamento dos servidores públicos de Caraguatatuba, este trabalho busca esclarecer essa pergunta ao mapear os fatores comportamentais influenciam na relação entre Educação Financeira, Materialismo e Endividamento.
O Endividamento segue a mesma linha do Materialismo devido a sua associação a finanças, fatores demográficos e pode surgir por questões econômicas afetando até mesmo o ambiente empresarial (MAMEDE et al., 2017; SILVA(d) et al., 2017) ou devido a Educação Financeira dos agentes envolvidos (CRUZ NETO et al., 2017) porém, atualmente é caracterizado pelo cartão de crédito por este ser o principal motivador do endividamento da população (KUNKEL; VIEIRA; POTRICH, 2015).
A pesquisa foi aplicada, quantitativa e descritiva, com a aplicação de um survey. Esse método é utilizado nos estudos de Kunkel; Vieira; Potrich (2015); Bonomo; Mainardes; Laurett (2017); Minella et al. (2017); Salume; Pinto; Guimarães (2017), Silva(d) et al. (2017); Silva(e) et al. (2017). A amostragem deste estudo caracteriza-se como não probabilística por conveniência com cálculo amostral utilizando nível de confiança de 89,90% e margem de erro de 8% em um universo de 5253 servidores públicos de Caraguatatuba obtendo uma amostra de 103 respondentes.
A metodologia inicial utilizada no estudo foi por meio da verificação da normalidade, homocedasticidade e multicolineatidade com VIF <5 usando o software SPSS 22. A posteriori a modelagem das equações estruturais (MEE) foi efetuada utilizando o software SmartPLS2.0 cuja função é estimar modelos formativos ou reflexivos sendo indicado a pequenas amostras realizando a distribuição não paramétrica com a determinação dos mínimos quadrados parciais tendo como referência a matriz de variância (RINGLE; SILVA; BIDO, 2010).
Obteve-se 102 questionários válidos. Ao avaliar o modelo que inclui Educação Financeira, Materialismo e Endividamento, pode-se verificar uma relação inversamente proporcional entre Educação Financeira e Endividamento ou seja, quanto mais educado financeiramente menos endividado o servidor público será (-3,516 p<0,001) e uma relação proporcional entre Materialismo e Endividamento confirmando nesta hipótese (3,130 p<0,001). A influência da Educação Financeira foi identificada e também foi encontrado o efeito do Materialismo sobre o Endividamento.
Kahneman, D., & Tversky, A. (March de 1979). Prospect Theory: An Analysis of Decision Under Risk. Econometrica, 47(2), 263-292. Silva, J. G., Neto, O. S., & Araújo, R. C. (maio-agosto de 2017). Educação Financeira de Servidores Públicos: Hábitos de Consumo, Investimento e Percepção de Risco. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 5(2), 104-120. Minella, J. M., Bertosso, H., Pauli, J., & Corte, V. F. (janeiro-dezembro de 2017). A Influência do Materialismo, Educação Financeira e Valor Atribuído ao Dinheiro na Propensão ao Endividamento de Jovens. Revista Gestão e Planejamento, 18, 182-201.