Resumo

Título do Artigo

"O QUE ME DIFERENCIA ME DEFINE?" UMA ANÁLISE DA HETEROGENEIDADE MULTIGRUPOS DOS CONSTITUINTES DA IDENTIDADE DOCENTE EM CONTABILIDADE
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Palavras Chave

Identidade Profissional
Ensino-aprendizagem
Multigrupos

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - João Paulo Resende de Lima
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - PPGCC
2 - Luana Zanetti Trindade Ferraz
FEA-RP/USP - Departamento de Contabilidade
3 - Elisabeth de Oliveira Vendramin
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN - Escola de Administração e Negócios

Reumo

A identidade profissional tem sido tema de interesse de diversas áreas de pesquisa, contudo, a identidade dos profissionais acadêmicos tem sido deixada de lado. Na Contabilidade, tal cenário não é diferente. São encontrados estudos sobre a identidade profissional, mas são escassos os estudos que foquem nas identidades do mundo acadêmico (Lima, 2018; Dellaportas, Perera, Gopalan & Richardson, 2018). Características inerentes ao indivíduo tal como sexo e raça, influenciam seu processo de construção da Identidade Docente (Annisette, 2003; Haynes, 2006; 2012; Diniz-Pereira, 2014; Silva, 2016).
Analisar os fatores constituintes da identidade profissional de diferentes grupos de docentes que atuam em cursos de Ciências Contábeis.
A identidade é a capacidade de produção e reconhecimento do próprio eu. Isso é um paradoxo, pois temos que nos perceber semelhante aos outros e ao mesmo tempo se afirmar em nossas diferenças enquanto indivíduo. Essa posição, nos faz perceber o quão forte é a influência do grupo na construção da Identidade Docente. “É difícil falar de nossa identidade sem fazer referência às suas raízes sociais e relacionais” (Melucci, 1992, p. 44).
Foi realizada uma survey junto a professores, com 223 respondentes e para determinar os grupos foram considerados os seguintes fatores: raça, sexo, tempo de atuação docente, tipo de instituição e titulação para classificação da amostra. Como base em uma adaptação do questionário desenvolvido e validado por Starr et al (2006), foram abordadas algumas variáveis que foram analisadas por meio da técnica de análise multigrupo via software SmartPLS 3.
A suposição de homogeneidade é irrealista no mundo real, porque os indivíduos são heterogêneos em suas percepções e avaliações de construções atuais. Portanto, a análise multigrupo (MGA) permite testar se existe diferença significativa nos grupos de dados pré-definidos nas suas estimativas de parâmetros específicos de grupo (Hair Jr.; Ringle; Sarstedt, 2013). Esse tipo de análise tem como um dos principais objetivos, comparar pares de coeficientes de caminho para modelos idênticos, mas com base em diferentes amostras.
Os resultados estatísticos levantados apontam diferenças acentuadas para a variável que trata do sentimento da Responsabilidade de Ensinar, com resultados destacados nos grupos sexo, raça, formação e tipo de instituição ao qual está vinculado, ou seja, apenas para o tempo de docência, tal variável encontrou respostas homogêneas.
Chamon, E. M. Q. O (2003). Formação e (re)construção identitária: estudo das memórias de professores do ensino básico inscritos em um programa de formação continuada. 2003. 117 f. Tese (Pós-Doutoramento em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de Campinas, Campinas. Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade. (11. ed.) Rio de Janeiro: DP&A. Sacristán, J. G. (1995). Consciência e ação sobre a prática como libertação profissional dos professores. (pp. 63-92). António Nóvoa et al. Profissão Professor. Porto: Porto Editora. A equidade da Aprendizagem ao longo da Vida, 68-8