Resumo

Título do Artigo

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ESTRATÉGIAS EMPREENDEDORAS E DE INOVAÇÃO: um estudo em instituições financeiras brasileiras
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Palavras Chave

estratégia empreendedora
estratégia de inovação
instituição financeira

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Processo Estratégico nas Organizações

Autores

Nome
1 - Thaís Teles Firmino
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - PPGA
2 - Allan Gustavo Freire da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - Unidade Acadêmica de Gestão Pública - UAGESP
3 - Jandeson Dantas da Silva
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN) - FACEM, CONTABEIS
4 - Kleber Cavalcanti Nobrega
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Programa de Pos Graduação em Administração

Reumo

Pelas instabilidades no mercado e dinâmicas externas advindas de um ambiente de maior complexidade, competitividade e exigências dos clientes, o segmento financeiro tem demandado novas formas de organização e posicionamento no mercado. Tais mudanças fazem com que as empresas formulem estratégias assumindo um comportamento de melhoria contínua, fomentando o empreendedorismo a fim de inovar para se manterem sustentáveis. Entende-se assim que as interfaces entre estratégias empreendedoras e de inovação conferem uma dinâmica frutífera à competitividade.
Em virtude do cenário de incertezas, das mudanças no setor financeiro e do papel das estratégias nos resultados e competitividade das organizações, questionou-se: quais estratégias adotadas por instituições financeiras brasileiras podem ser identificadas como empreendedoras e/ou de inovação? Para tanto, foram pesquisadas as dez maiores instituições financeiras listadas pelo Banco Central do Brasil tomando por base seus relatórios administrativos e notas explicativas. Concebeu-se como objetivo deste artigo verificar a presença de estratégias empreendedoras e/ou de inovação nestas instituições.
Partiu-se dos conceitos de estratégia, estratégia empreendedora (empreendedorismo em busca de vantagem competitiva) e estratégia de inovação (caminhos percorridos visando à competitividade pela inovação) compreendendo que as últimas tipologias contribuem de maneira importante à criação de valor nas organizações.
Utilizou-se como base de dados os relatórios administrativos e notas explicativas das dez maiores instituições financeiras brasileiras em termos de ativos totais de um conjunto de 1.502 instituições, conforme classificação do Banco Central do Brasil. Foram realizados downloads destes documentos no site da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a bolsa de valores oficial do Brasil, e nos sites das próprias instituições. Realizou-se a análise de conteúdo, agrupando os dados em categorias analíticas apresentadas como critérios de avaliação da presença de estratégias empreendedoras e de inovação.
As instituições têm procurado incorporar a tecnologia aos seus processos, produtos e/ou serviços. Exemplo: a inserção de cada vez mais funcionalidades que conferem autonomia aos clientes por seus dispositivos móveis, estruturação de processos usando data science, blockchain e inteligência artificial, além do treinamento aos funcionários em alta tecnologia. O compromisso com a transformação digital é um fator transversal aos critérios elencados (oportunidade empreendedora, framework empreendedor, novas ideias, processos, produtos e/ou serviços, framework inovador e criação de valor).
Com base nas pesquisas realizadas, ainda há escassez de estudos teórico-empíricos acerca desta temática, caracterizando um amplo espaço para contribuições. Apontam-se como sugestões para pesquisas futuras: como as estratégias empreendedoras e de inovação influenciam o desempenho econômico-financeiros das organizações? Quais combinações de estratégias empreendedoras e de inovação geram melhores resultados? Quais as contribuições da teoria institucional para a compreensão do uso de estratégias empreendedoras e de inovação em instituições financeiras?
Utilizou-se principalmente Covin & Miles (1999), McGrath & MacMillan (2000); Srivastava, Fahey, & Christensen (2001); Hitt et al. (2002); Venkataraman & Sarasvathy (2005) e Bowonder et al. (2010).