Resumo

Título do Artigo

“BOTA A CARA NO SOL”: O SILÊNCIO E A RESISTÊNCIA NA EMPREGABILIDADE LGBT
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Palavras Chave

Empregabilidade
LGBT
Violência

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Temas Emergentes e Modismos em Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - Adriana Kelly Cardoso de Souza
Centro Universitário Unihorizontes - MG - Belo Horizonte
2 - Jefferson Rodrigues Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Cepead - Campus Pampulha
3 - Thaís Pinto da Rocha Torres
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD
4 - Julio Guimarães Barata
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD

Reumo

A dificuldade de empregabilidade das pessoas que integram o grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), reflete em suas vidas e impacta negativamente, por exemplo, na continuação dos estudos, uma vez que não podem arcar financeiramente com cursos técnicos e de graduação, e, muitas vezes, não possuem o apoio da família. Por outro lado, nota-se que as organizações possuem sua força de trabalho diversificada, mas ainda verifica-se que as empresas possuem grandes preconceitos.
Como as diversas formas de violência são percebidas e enfrentadas por pessoas LGBT na relações de trabalho? O objetivo deste estudo é analisar como as diversas formas de violência são percebidas e enfrentadas por pessoas LGBT residentes na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, em suas relações de trabalho.
As seguintes temáticas são abordadas: preconceito, discriminação e empregabilidade LGBT; tipos de violência; resistência.
Utilizou-se uma pesquisa descritiva, a pesquisa qualitativa e o método da pesquisa foi o estudo de caso, por meio de entrevista semiestruturada realizada com quinze indivíduos.
Percebe-se que o preconceito no local de trabalho se desvela por meio de técnicas sutis, como por exemplo, o humor, usando piadas e expressões depreciativas, estereótipos negativos e comportamentos intrusivos, dessa forma, alguns não percebem que são alvos do preconceito. Interessante salientar nesse aspecto o processo de naturalização de tais comportamentos, o que aponta indícios de uma forma de violência estrutural, que já faz parte da realidade das organizações brasileiras.
“Botar a cara no sol” é uma questão acima de tudo política, é muito mais que suportar preconceitos e discriminações, mas ser obstinado e lutar para que nenhuma minoria seja menosprezada perante o restante da sociedade. É lutar contra o poder cultural que existe nas mãos dos homofóbicos. Ser ou reconhecer a importância do papel do ativista que participa de manifestações que buscam o direito de ser reconhecido como pessoa, e não uma um ser de segunda ordem como ainda é visto pela sociedade brasileira.
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