Resumo

Título do Artigo

CONCENTRAÇÃO ACIONÁRIA E RISCO IDIOSSINCRÁTICO: indicadores bibliométricos da produção científica internacional
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Palavras Chave

Concentração acionária
Risco idiossincrático
Bibliometria

Área

Finanças

Tema

Apreçamento de Ativos

Autores

Nome
1 - Susy Naiara Alves da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração
2 - José Willer do Prado
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia

Reumo

O comportamento dos preços de ativos em mercados financeiros desperta a curiosidade de investidores e acadêmicos, e tem sido um importante objeto de estudo por décadas. A literatura financeira descreve o risco não sistêmico ou volatilidade anormal do preço das ações sendo determinado por informações geradoras de riscos específicos às empresas e esta relação tem como peça-chave as práticas de governança corporativa (Shleifer & Vishny, 1997; Ferreira & Laux, 2007; Abu-Ghunmia et al., 2015).
O estudo visa contribuir com um maior entendimento sobre as origens e tendências da associação entre concentração acionária e risco não sistêmico, bem como vislumbrar oportunidades de contribuição para o campo teórico. Logo, o artigo tem como objetivo apresentar e discutir o panorama da produção científica internacional sobre a temática, por meio do levantamento da base Web of Science atrelado a uma análise bibliométrica.
Para Ferreira e Laux (2007), práticas de governança corporativa impactam na volatilidade das ações, estando intrinsecamente ligada ao risco idiossincrático e a distribuição dos retornos, caracterizando-se como uma das relações mais importantes em finanças corporativas. Portanto, de acordo com os autores, ao considerar o risco de uma empresa como uma medida de informação sobre ela, é preciso que seja estabelecido uma conexão com suas decisões de investimento e organizacionais. Intrínseca a estrutura empresarial ideal, tem-se os mecanismos de governança dentre eles, a estrutura de propriedade.
De maneira ampla, observou-se entre os artigos mais citados uma tendência de estruturação de trabalhos que utilizam diversas formas de explicar a relação entre risco e retorno, onde a estrutura de propriedade é um tópico importante nas discussões, que por vezes auxilia na compreensão das formas como este mecanismo de governança poderia influenciar em tal relação, mostrando ainda que os resultados obtidos são diversos e por vezes inconclusivos.
Diante dos resultados obtidos nesta pesquisa, constata-se que a produção científica sobre concentração acionária e risco idiossincrático está em desenvolvimento e que o campo teórico é multidisciplinar em suas abordagens, áreas de pesquisas e objetos de estudo. No entanto, mesmo com as controvérsias e críticas, o Capital Asset Price Model ainda é a utilizado para se extrair a variância dos resíduos, que é dada como volatilidade idiossincrática.
Abu-Ghunmi, D.; Bino, A. e Tayeh, M. (2015). Idiosyncratic Risk and Corporate Governance: Evidence from Jordan. Emerging Markets Finance and Trade, 51(4), 40-50. Ferreira, M. A. e Laux, P. A. (2007). Corporate governance, idiosyncratic risk, and information flow. The Journal of Finance, 62(2), 951-989. Markowitz, H. (1952). Portfolio selection. The Journal of Finance, 7(1), 77-91. Shleifer, A. e Vishny, R. W. (1997). A survey of corporate governance. The Journal of Finance, 52(2), 737-783.