Resumo

Título do Artigo

O PAPEL DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO ENDIVIDAMENTO: ESTUDO DE SERVIDORES DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Palavras Chave

Educação financeira
endividamento
compra impulsiva.

Área

Marketing

Tema

Consumo e Materialismo

Autores

Nome
1 - Gabriela Martins dos Santos
-
2 - Marlette Cassia Oliveira Ferreira
IFSP - Insitituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Caraguatatuba
3 - flavio santino bizarrias
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Vila Maria
4 - Jussara da Silva Teixeira Cucato
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - Vila Mariana
5 - Jussara Goulart da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Campus Pontal

Reumo

Ao longo da vida, as pessoas realizam diversas escolhas financeiras que vão das mais simples, às mais complexas (OECD, 2013). Para que o indivíduo faça escolhas conscientes e não gerem gastos excessivos é necessário que tenha algum conhecimento básico sobre as práticas financeiras existentes para não cometer possíveis erros que possam levá-lo ao arrependimento e, sobretudo ao endividamento (Piccini & Pinzetta, 2014). Esse conhecimento é necessário para a realização de tarefas financeiras simples é conhecido como educação financeira, e está estritamente relacionado com alfabetização financeira.
Para aprofundar os estudos chegou-se ao seguinte problema de pesquisa: qual é o papel da educação financeira no endividamento? Considerando o crescimento do endividamento, estudos são realizados a fim de identificar os fatores que impulsionam as pessoas a contraírem dívidas indiscriminadamente, ao ponto de comprometer seu bem estar financeiro (Herrera, Estrada & Denegri, 2011; Dew & Xiao, 2011). Essa pesquisa tem como objetivo identificar as relações entre educação financeira, compra impulsiva, materialismo e a propensão ao endividamento.
Entretanto, possuir conhecimento financeiro não é suficiente para a administração eficaz das finanças, tendo em vista que as atitudes financeiras interferem na influência do conhecimento financeiro sobre o comportamento dos indivíduos (Norvilits & Maclean, 2010; Xiao, Tang, Serido & Shim, 2011; Silva, Dal Magro, Gorla & Nakamura, 2017). Pesquisas têm demonstrado que o comportamento de gestão financeira possui influência direta no nível de endividamento do consumidor (Xiao, Tang & Shim, 2009; Lusardi & Tufano, 2009; Xiao, et al., 2011).
Quanto à abordagem, esta pesquisa classifica-se como quantitativa, pois procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise estatística. Na pesquisa quantitativa, a determinação da composição e do tamanho da amostra é um processo no qual a estatística tornou-se o meio principal. Para testar as hipóteses do trabalho, foi empregado um survey, com as escalas dos constructos, dentro da proposta de um estudo a respeito das possíveis causas do endividamento dos respondentes.Foi empregada a análise de equações estruturais ou Modelagem de Equações Estruturais dos dados
A amostra caracterizou-se como não probabilística por conveniência, composta por 601 servidores docentes e técnicos administrativos de uma instituição pública de ensino, sendo 258 docentes e 343 técnicos administrativos. Observa-se que em ambos os grupos (docentes e técnico), a compra impulsiva alcançou maior capacidade preditiva demonstrando maior efeito no modelo sobre o endividamento (f2docentes= 0,380; f2téc. adm.= 0,513), alcançando um valor preditivo adequado destes constructos. O modelo estrutural demonstrou que a educação financeira possui relação inversa com a compra impulsiva.
Este trabalho contribui ao demonstrar a influência da educação financeira na propensão ao endividamento e no comportamento de compra impulsiva dos indivíduos. Pessoas com maior educação financeira tendem a ter sua vida financeira controlada, resultando em um menor endividamento, influenciando diretamente na decisão de quanto poupar ou gastar, evidenciando a importância do desenvolvimento de ações a fim de minimizar o analfabetismo financeiro, corroborando com a pesquisa de Oliveira e Santana (2019) que expõe sobre a necessidade do desenvolvimento de atividades que promovam a mudança de hábitos
Flores, S. A. M. (2012). Modelagem de equações estruturais aplicada à propensão ao endividamento: uma análise de fatores comportamentais. Manancial Repositório Digital da UFSM, Santa Maria. Flores, S. A. M.; Vieira, K. M. & Coronel, D. A. (abr/jun 2013). Influência de Fatores Comportamentais na Propensão ao Endividamento. Revista de Administração Faces Journal, Belo Horizonte, v. 12, n. 2, p. 13-35, ISSN 1984-6975 (online) 1517-8900 (impressa). Campara, J. P.; Vieira, K. M. & Ceretta, P. S. (jan/abr 2016). Entendendo a atitude ao endividamento: