Resumo

Título do Artigo

PERCEPÇÃO DOS CLIENTES BANCÁRIOS DIANTE DO SURGIMENTO DAS STARTUPS DE TECNOLOGIA FINANCEIRA - FINTECHS
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Palavras Chave

Fintechs
Tecnologia
Bancos

Área

Finanças

Tema

Gestão Financeira

Autores

Nome
1 - Alana Dias da Costa
-
2 - Nathállya Etyenne Figueira Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas - PPGA

Reumo

O acesso as informações pelos canais eletrônicos e uma geração totalmente digital são fatores que influenciam mudanças em diversos setores do mercado, melhorando cada vez mais a experiência dos consumidores, em particular o setor bancário, que trouxe mais agilidade através de aplicativos nas plataformas digitais (BARBOSA, 2018). Com esses avanços surgiram as fintechs, startups do ramo financeiro, que revolucionaram o mercado oferecendo serviços similares aos bancários de uma forma mais simples e digital, desburocratizando processos, economizando tempo e melhorando a vida do cliente.
Com o surgimento das fintechs, os clientes ganharam maior poder de barganha, e conseguem fazer com que o mercado se adeque aos mais variados perfis, oferecendo vantagens na contratação de novos produtos similares aos bancários, com taxas menores. Considerando essas questões, o problema dessa pesquisa é: qual a percepção dos clientes bancários diante do surgimento das startups de tecnologia financeiras – fintechs? Para responder a tal questionamento, o estudo tem como objetivo identificar a percepção dos clientes bancários diante do surgimento das startups de tecnologia financeira - fintechs.
A competição intensa que resulta em maior qualidade e eficiência, aliada à crise financeira que atingiu o mundo em 2008 gerou um importante movimento rumo à facilitação das transações financeiras. A expansão mundial de tecnologias ocasionou o aumento da globalização dos fluxos de capital e o acesso às informações, como também o aumento da quantidade de organizações que atuam no mercado financeiro, facilitando a criação de novos produtos e serviços para atender a novas demandas do consumidor do século XXI, como as chamadas fintechs (JAVAWARDHENA; FOLEY, 2000).
Essa pesquisa é considerada de natureza quantitativa, exploratória e descritiva. Para alcançar os objetivos propostos pela pesquisa, foi necessário a aplicação de questionários no Google Forms, com o intuito de conhecer a percepção dos usuários e clientes de bancos e fintechs. O questionário foi composto por questões utilizando a escala de likert de 1 a 5, onde 1 é discordo totalmente e 5 concordo totalmente. a amostra foi composta por 218 respondentes. Para análise dos resultados utilizou-se gráficos, frequências (quantidades) e estatísticas descritivas, como média, mediana e desvio-padrão.
Percebe-se que a fintech que mais se destacou foi o Nubank. Este tem sido considerado um grande concorrente dos bancos já consolidados no mercado, e tem gerado uma grande onda de satisfação pela qualidade de serviços e produtos prestados pela empresa. Destaca-se também, que os respondentes, sendo em sua maioria um público jovem, concordam que essas empresas, atualmente, prestam um atendimento com mais qualidade e rapidez que os bancos, e que os mesmos devem assemelhar-se as fintechs caso não queiram perder clientes.
Percebeu-se que os usuários concordam em sua maioria que o modelo de negócio das fintechs são mais eficientes, permitindo mais agilidade, embora ainda não se sintam totalmente seguros em utilizar seus dados em meios digitais. Discordaram quando afirmado que os bancos deixarão de oferecer atendimento presencial. De modo geral, esse trabalho contribuiu para uma análise mais detalhada sobre os perfis dos usuários dessas fintechs, como também contribuiu com a literatura, por se tratar de uma pesquisa exploratória, é um tema recente e que ainda não houve muitos resultados acadêmicos.
BARBOSA, Roberto Rodrigues. Fintechs: a atuação das empresas de tecnologia de serviço financeiro no setor bancário e financeiro brasileiro. 2018. p. 129. Dissertação. (Mestrado profissional em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2018. [Orientador: Paulo Antônio Zawislak]. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Concentração Bancária, Lucratividade e Risco Sistêmico: Uma abordagem de contágio indireto. In: ____. Banco Central do Brasil: Relatório de Economia Bancária e Crédito 2008. Brasília, 2008. p. 49-61. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pec/depep/spread/REBC_2011