Resumo

Título do Artigo

O PAPEL ESTRATÉGICO DAS REDES INTERFIRMAS NA INOVAÇÃO, CONHECIMENTO E CAPITAL INTELECTUAL DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS BRASILEIRAS.
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Palavras Chave

Estratégia
Capital Intelectual
Pequenas e Médias Empresas (SMEs)

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - Ricardo Vinícius Dias Jordão
School of Knowledge Economy and Management, SKEMA Business School (Brazil, China, France, USA) - SKEMA Business School (Brazil)

Reumo

A temática que envolve o capital intelectual (CI) e a inovação vem sendo considerada de grande relevância nos meios acadêmico e empresarial. A literatura internacional de estratégia vem destacando o papel do CI como elemento central na competitividade e inovação organizacional, especialmente em SMEs (do inglês, small and medium-sized enterprises), acentuando a importância das redes interfirmas na criação e partilha de conhecimentos e relacionamentos, por meio dos quais obtém novos recursos, oportunidades, competências - que não teriam acesso caso atuassem de maneira isolada.
A despeito da relevância das SMEs para as sociedades, economias e governos acentuada por Khalique et al. (2015) e Marzo e Scarpino (2016), o desafio de compreender, de maneira mais aprofundada, o papel estratégico das redes sobre a inovação, o conhecimento e o CI de SMEs, ainda está por ser compreendido em profundidade, especialmente em economias emergentes, como o Brasil. Reconhecendo e explorando essa lacuna de investigação, o objetivo da pesquisa descrita neste artigo foi analisar o papel estratégico das redes interfirmas na inovação, conhecimento e CI em SMEs brasileiras.
A teoria de estartégia apresenta o CI como um ativo estratégico capaz de maximizar o valor das SMEs, impulsionando a competitividade, a sustentabilidade, o desempenho e os processos inovativos delas. Segundo Lara e Guimarães (2014), por exemplo, a vinculação da gestão do CI com a inovação é fundamental para o sucesso e a sobrevivência das SMEs, colaborando para elas conquistem posições de destaque no mercado. De acordo com Mertins et al. (2010), a competitividade e desempenho superior de uma SME depende muito da sua habilidade e capacidade de entrar em redes e gerar CI a partir dessas redes.
Com base nas teorias de estratégia, CI e redes, foi realizado um estudo comparativo de casos no contexto brasileiro, de abordagem descritiva e aplicada.
Os resultados mostraram que esse tipo de rede desempenha um papel estratégico na criação e desenvolvimento de informação e tecnologia, inovação, conhecimento e CI em SMEs. Além disso, os resultados revelam a relevância das relações entre pessoas e empresas para ampliar os processos de criação, aquisição, manutenção, sistematização e compartilhamento de informações e conhecimentos na rede analisada.
No seu conjunto, as conclusões revelaram a criação de CI e de práticas inovadoras como conseqüência da associação estratégica de SMEs em redes interorganizacionais, bem como o papel de mediação da gestão do conhecimento como meio de promover melhorias significativas em termos de desempenho, competitividade, sustentabilidade e valor organizacional para essas empresas e sua rede.
Balestrin, A., Vargas, L. M., and Fayard, P. (2008). “Knowledge creation in small-firm network”. Journal of Knowledge Management, Vol 12 No2, pp. 94-106. Jordão, R. V. D., and Novas, J. C. (2017). “Knowledge management and intellectual capital in networks of small- and medium-sized enterprises”. Journal of Intellectual Capital, Vol. 18 No 3, pp. 667-692. Jardon, C. M. and Martos, M. S. (2012), “Intellectual capital as a competitive advantage in emerging clusters in Latin America”, Journal of Intellectual Capital, Vol. 13 No. 4, pp. 462-481.