1 - Edson Kawabata Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração
2 - Antonio Carlos Aidar Sauaia Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - São Paulo, SP
Reumo
O dinamismo acelerado na nova economia 4.0 traz desafios crescentes para os gestores de empreendimentos, ao enfrentarem novas incertezas e riscos, de múltiplas naturezas e complexidades. Mudanças no contexto social, político e macroeconômico, novas empresas, tecnologias e modelos de negócios, além de ações disruptivas de agentes na cadeia de valor, afetam as relações com clientes e a eficiência das operações, gerando impactos diretos sobre os resultados dos negócios e exigindo maior capacitação dos administradores em gestão de riscos, na formulação de estratégias e na tomada de decisão.
A pesquisa examinou como gerenciar riscos sobre resultados (vendas, lucro e TIR) num jogo de empresas, numa disciplina de Laboratório de Gestão da FEA-USP. O objetivo do estudo foi descrever a evolução na identificação e gestão de riscos corporativos, identificados em análises e decisões estratégicas no ambiente do simulador organizacional. Para isso examinou-se como evoluiu a administração de conflitos em decisões sobre posicionamento estratégico, equilíbrio entre oferta e demanda, estrutura de capital e nível das operações, considerando os riscos e os resultados potenciais.
A pesquisa baseou-se em conceitos de Gestão de Riscos Corporativos (GRC), referenciando publicações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), do COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e do IRM (Institute of Risk Management), combinadas com estudos sobre Estratégia Dinâmica sob Incerteza, artigos da Harvard Business Review (Strategy Under Uncertainty, de Courtney et al.) e outras publicações de consultorias como McKinsey e Deloitte.
A pesquisa baseou-se em conceitos de Gestão de Riscos Corporativos (GRC), referenciando publicações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), do COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e do IRM (Institute of Risk Management), combinadas com estudos sobre Estratégia Dinâmica sob Incerteza, artigos da Harvard Business Review (Strategy Under Uncertainty, de Courtney et al.) e outras publicações de consultorias como McKinsey e Deloitte.
Nos dois jogos iniciais os grupos indicados competiram com estratégias pré-determinadas. No terceiro jogo cada estudante conduziu uma empresa e escolheu livremente seu posicionamento estratégico. Observou-se melhoria sistemática do domínio sobre as variáveis de risco e do desempenho ao longo dos jogos. No Jogo 3 um dos autores deste estudo realinhou sua estratégia em função da análise de mercado, assumindo maiores riscos e sendo recompensado com elevação substancial do retorno para os acionistas.
Um processo estruturado de análise de riscos e de alternativas estratégicas, se apoiado por ferramentas como simuladores econômicos, pode contribuir de forma significativa para um melhor entendimento das relações entre as variáveis do negócio e gerar melhores resultados. A agilidade no planejamento estratégico e na ação empreendedora mostraram-se essenciais para mitigar riscos e agregar valor às organizações.
ABNT, 2009; BERGAMINI, 2005; BERNSTEIN, 1996; BROMILEY, 2005; COSO, 2007; COURTNEY et al., 1997; DELOITTE, 2017; GONSALVES, 2007; IBGC, 2007; IRM, 2002; McKINSEY, 2016; NALEBUFF et al., 1996; OLEASKOVICZ et al., 2018; PORTER, 2005; SAUAIA, 1996, 2013; WALDROP, 1992.