Resumo

Título do Artigo

“Can We Do It?”: UM ESTUDO NETNOGRÁFICO EM GRUPOS DO FACEBOOK SOBRE O CIBERATIVISMO FEMININO NA CAMPANHA ELEITORAL 2018
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Palavras Chave

Ciberativismo
Redes sociais
Ciberdemocracia

Área

Tecnologia da Informação

Tema

Governo Eletrônico e Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) para o Desenvolvimento

Autores

Nome
1 - Cibely Ribeiro Nunes
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA (UNIPAMPA) - Santana do Livramento-RS
2 - Geise Oliveira Ramos
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA (UNIPAMPA) - Santana do Livramento
3 - Kathiane Benedetti Corso
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA (UNIPAMPA) - Santana do Livramento

Reumo

As redes sociais na internet deram voz às pessoas, ou seja, os indivíduos encontraram um espaço para expressar suas manifestações políticas, comerciais e opiniões, (SILVA; BUCKSTEGGE; ROGEDO, 2018). No ano de 2018 o período eleitoral do Brasil foi marcado por uma grande mobilização online por parte dos eleitores dando destaque ao movimento feminista que foi quem deu início às mobilizações, reunindo mais de 3 milhões de mulheres em um grupo criado no Facebook. O movimento deu-se a partir do ciberespaço e trouxe mobilizações digitais no cenario virtual e nas eleições de 2018
Definiu-se o seguinte problema de pesquisa: Como as redes sociais contribuem e fortalecem movimentos ciberativistas? Esse estudo teve como objetivo geral compreender como as redes sociais contribuem e fortalecem movimentos ciberativistas feministas. a) Traçar o perfil das mulheres ciberativistas do período eleitoral de 2018 no Brasil; b) Conhecer quais as motivações ciberativistas dessas mulheres ao apoiar ou não as hashtags #EleSim e #EleNão.
Teve-se como base para o estudo questões relacionadas as redes sociais e o ciberespaço através de autores como Lévy(1999), Howard Rheingold (1993), Kozinets (2014). Explorou-se também o tema ciberativismo/ciberdemocracia com base em autores como Castells(2017), Rigitano(2003)
A pesquisa possui caráter exploratório, através de uma abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando-se do método da netnografia descrito por Kozinets (2014). A coleta de dados deu-se conforme definido por Kozinets. Na primeira etapa da coleta de dados arquivais (análises) e a segunda efetuou-se a coleta de dados extraídos com questionário através do Google Forms e entrevistas com os membros dos grupos. A análise dos dados foi feita por meio da técnica de análise interpretativa.
Destacou-se que as mulheres possuíam motivos fortes para integrar-se aos grupos. No caso do #EleSim, as mulheres justificavam seu apoio no candidato pois o viam como uma figura honesta e conservadora de valores e que o mesmo findaria a corrupção no país, que segundo as integrantes do grupo,foi instaurado pelo antigo governo que permaneceu no poder por muito tempo. Já o grupo #EleNão acreditava que o candidato estava despreparado e ameaçava os direitos dos cidadãos, além de que as mesmas diziam que ele era preconceituoso e fascista o que arruinaria a democracia do país.
Nesta pesquisa, em um lado havia um grupo de mulheres que queriam mudança no país em função da corrupção que havia se instaurado no Governo brasileiro. Do outro lado, haviam mulheres que viam um candidato como sendo autoritário e que, segundo elas, ameaçava a democracia e os direitos dos cidadãos brasileiros. Nas redes sociais, as eleitoras encontraram um espaço para se expressar e a possibilidade de encontrar pessoas que compactuam com seus pensamentos, motivo que provavelmente levou ao surgimento dos grupos estudados, a organização de manifestações, protestos e eventos.
CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Zahar, 2017. KOZINETS, R. V. Netnografia: realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014. LÉVY, Pierre et al. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora, v. 34, 1999. RIGITANO, M. E. C. Redes e ciberativismo: notas para uma análise do centro de mídia independente. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação. Disponível em:< http://www. bocc. ubi. pt/pag/rigitano-eugenia-redes-e-ciberativismo. pdf, 2003.