Resumo

Título do Artigo

BANCO DE TALENTOS NO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
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Palavras Chave

administração pública
gestão de pessoas por competências
banco de talentos

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades

Autores

Nome
1 - Maria Jaqueline da Silva Mandú
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST)
2 - Ionete Cavalcanti de Moraes
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - Dois Irmãos
3 - Agleilson Souto Batista
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST
4 - José de Lima Albuquerque
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - Departamento de Administração
5 - Jorge da Silva Correia Neto
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - Sede - EaD

Reumo

As transformações do mundo organizacional requerem a atuação de pessoas capazes de acompanhá-las de forma eficiente. Nesse contexto, cabe descobrir como assimilar essas demandas e administrar os recursos disponíveis. Isso se dá necessariamente pelos colaboradores que compõem as organizações, daí surge a importância da área da Gestão de Pessoas (GP) no sentido de realizar as articulações estratégicas necessárias ao bom desempenho desses trabalhadores. Este estudo visa revelar como o Banco de Talentos (BT), tem sido uma ferramenta estratégica na Gestão de Pessoas do serviço público brasileiro.
A partir do século XXI, a área de GP adquiriu responsabilidades estratégicas, além das tradicionais rotinas operacionais de desenvolvimento de pessoas (CASTRO; BRITO; VARELA, 2017). O BT visa identificar as competências humanas nas organizações, com a função de permitir a gerência desses talentos, utilizando de maneira eficiente as habilidades dos colaboradores para atingir vantagem competitiva, (GALVÃO, 2016). Este estudo objetiva revelar quais as funcionalidades desse instrumento de GP e responder à pergunta: como o Banco de Talentos vem ganhando espaço no serviço público brasileiro?
O estudo é lastreado nas teorias organizacionais a partir das quatro dimensões de Lima (1996): racional (administração científica e abordagem anatômica); natural (relações humanas, comportamental, sistêmica/contingencial); política (organização enquanto sistema político); e múltipla (contribuições teóricas anteriores). O BT é um banco de dados com informações das qualificações de pessoal (SILVEIRA; SILVA; MAFRA, 2010). A literatura apresenta duas vertentes para a GP: a tradicional, ligada a atividades funcionais, e a emergente, ligada a assuntos contemporâneos. Dessa, resulta o BT, nosso foco.
No Portal de Periódicos da Capes, localizou-se 15 artigos referentes a BTs, porém apenas dois focavam nesse tema; e apenas um estuda o BT em uma organização pública, a UFSC. Freitag et al. (2014), concluiu que as publicações brasileiras sobre gestão de talento são predominantemente de anais de congressos. Galvão (2016) identificou entre 23 IFES a existência de 10 que já utilizam essa ferramenta de gestão. De acordo com os resultados encontrados em consultas a páginas do Governo Federal na internet, constatou-se a emergência da utilização do BT na Administração Pública Federal (APF).
Observou-se que, no setor público, o uso da ferramenta estratégica “Banco de Talentos” ainda é tímido, mas em emergente ascensão nos campos acadêmico e organizacional, considerando o novo olhar que o a Administração Pública vem empregando sobre seus servidores. A APF demonstra interesse em implantar e difundir o BT entre os órgãos públicos. Caminha-se para um futuro promissor no campo da GP na área pública do Brasil, por meio da utilização dessa ferramenta de gestão. Há carência de estudos empíricos que identifiquem e discutam a aplicabilidade e efetividade do BT em instituições públicas.
AMARAL, H. K. Desenvolvimento de competências de servidores na administração pública brasileira. Revista do Serviço Público. Brasília 57 (4): p. 549-563, out-dez 2006. CASTRO, A. B. C.; BRITO, L. M. P.; VARELA, J. H. S. A ressignificação da área de gestão de pessoas e os novos papéis das pessoas e das organizações. HOLOS, ano 33, v. 4, jul. 2017. FREITAG, B. B. et al. A Gestão de Talentos no campo da Gestão de Pessoas: tema emergente? Rev. Adm. UFSM, v. 7, n. 4, dez. 2014. GALVÃO, F. C. L. Proposição de um Banco de Talentos na UFGD à Luz da Gestão por Competências. Dissertação. UFGD, 2016.