Resumo

Título do Artigo

DESAFIOS INSTITUCIONAIS NO PROCESSO DE LEGITIMAÇÃO DE EMPRESAS INCUBADAS POR UM PARQUE TECNOLÓGICO NA PARAÍBA
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Palavras Chave

Incubadas
Legitimação
Institucionalismo

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - André de Paula Rêgo Graciano Luz
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE (IFRN) - Campus Avançado de Lajes
2 - Fabiana Faustino da Cruz
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Campus I, João Pessoa - PB
3 - Jailson Santana Carneiro
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (UPE) - Campus Salgueiro
4 - Lívia Nogueira Pellizzoni
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA (UNIPÊ) - Ubtech Business
5 - Bruna Lourena de Lima Dantas
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - João Pessoa

Reumo

Incubadoras de empresas de base tecnológica surgem com o objetivo de acolher e incubar empresas nascentes, cujos processos produtivos empregam tecnologias inovadoras e conhecimento científico de alta densidade. Visando dinamizar a atuação das Incubadoras de Empresas Brasileiras, a ANPROTEC propôs em 2009 o Modelo CERNE. O referido modelo pode desencadear um processo de uniformização das práticas das incubadoras, induzido pelas principais instituições parceiras das incubadoras, merecendo estudos sobre o tema (OLIVEIRA, 2013).
Se por um lado as empresas incubadas de base tecnológica se diferenciam das demais organizações por propostas de valor que, via de regra, incluem a inovação, por outro lado está presente o institucionalismo por meio do isomorfismo no processo de incubação que leva as organizações a se tornarem homogêneas pelas exigências da incubadora e órgãos de fomento. Neste sentido, o presente artigo teve como objetivo identificar os desafios do processo de legitimação de empresas de base tecnológica incubadas por um Parque Tecnológico na Paraíba.
As incubadoras oferecem aos empreendedores em potencial um ambiente flexível e encorajador, com apoio que vai além da infraestrutura física, proporcionando suporte empresarial nas diversas áreas funcionais da gestão empresarial como, consultoria, capacitação, estratégia, marketing, finanças, tecnologia, jurídica, contábil e recursos humanos (Martins, 2005). O modelo CERNE parece ser uma ferramenta que pode vir a contribuir para o processo de isomorfismo organizacional, aprimoramento dos métodos de gestão e, por conseguinte, a legitimação de empresas de base tecnológica.
Foi realizada uma pesquisa qualitativa que teve como instrumento de coleta de dados a entrevista estruturada realizada com 4 empresas graduadas (ou que passaram pelas fases de incubação) por um Parque Tecnológico da Paraíba. O roteiro das entrevistas foi composto por 7 (sete) questões tendo por base cinco aspectos: (1) Isomorfismo coercitivo; (2) Isomorfismo mimético; (3) Isomorfismo normativo; (4) Apoio da Incubadora; (5) Desafios da incubação. As entrevistas foram gravadas, posteriormente transcritas e interpretadas de acordo com a análise de conteúdo categorial (BARDIN, 1977).
Os resultados evidenciam as práticas isomórficas presentes no processo de incubação das empresas estudadas. O mimetismo por meio do benchmarking e uso de boas práticas de empresas consolidadas no mercado; o isomorfismo coercitivo imposto na regulação,por parte da incubadora, quanto à estrutura, às práticas de gestão e aos recursos. Assim como as questões normativas, observadas na condução do Modelo CERN que norteia os editais e processos de incubação. Destaca-se, ainda, o apoio da incubadora em diversos aspectos e os desafios quanto a adaptação e localização geográfica das empresas.
A partir dos resultados, pode-se observar os desafios enfrentados por empresas incubadas em busca de legitimação no mercado. Deste modo, convém ressaltar os diversos aspectos do institucionalismo presentes no processo de incubação de empresas de base tecnológica, o que permite uma melhor compreensão à luz da realidade pesquisada e da teoria utilizada. O processo isomórfico e de adoção de um modelo nacional possui vantagens, mas apresenta limitações e desafios a serem enfrentados.
Bardin, L. (1977).Análise de conteúdo. Lisboa: Edições. Martins, G. S., Lima, A. A. T. F. C., Santos, C. A., Oliveira, A. R., Carvalho, R. M. M. A., & Gomes, R. C.(2005). Incubadoras de Base Tecnológica: um estudo sobre a Capacitação Gerencial no Processo de Incubação.Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Belo Horizonte, MG, Brasil, 29 Oliveira, I. N. (2013). Análise do modelo de gestão da incubadora PIEBT sob a perspectiva do isomorfismo organizacional.Dissertação de Mestrado, UFPA, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Belém, PA, Brasil