Resumo

Título do Artigo

PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES DA CAFETERIA ESCOLA CAFESAL-UFLA: UMA ANÁLISE SENSORIAL DE DIFERENTES TIPOS DE TORRA DE CAFÉ ESPECIAL
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Palavras Chave

Cafés Especiais
Percepção do Consumidor
Cafeterias

Área

Marketing

Tema

Mercados de luxo e outros novos mercados

Autores

Nome
1 - Nilmar Diogo dos Reis
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
2 - Gustavo Clemente Valadares
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - Passos
3 - Emanuelle Aparecida da Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
4 - João Paulo Elizei Zati
FACULDADE CENECISTA DE VARGINHA (FACECA) - Varginha
5 - Luiz Gonzaga de Castro Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia

Reumo

O café possui posição privilegiada na cadeia de consumo global sendo hoje a bebida preparada mais consumida do mundo. Com a ascensão e desenvolvimento dos mercados, o consumo de cafés especiais, que antes era restrita aos mercados americanos e europeus, começa a ganhar cada vez mais adeptos no Brasil. Seja como necessidade para atender aos consumidores cada vez mais exigentes por qualidade ou mesmo para obter um diferencial competitivo sobre a concorrência, o surgimento de cafeterias democratizou o acesso dos consumidores a cafés especiais, emergindo no mercado um novo nicho de consumidores.
Como pré-teste, esta pesquisa objetivou-se em caráter preliminar, entender e traçar o perfil dos consumidores da Cafeteria Escola da Universidade Federal de Lavras, Cafeteria esta, pioneira em seu modelo de negócio e que busca a extensão universitária através de oferta de bebidas, cursos e treinamentos voltados à vivência e imersão no entendimentos acerca do mundo cafeeiro, sobretudo, aos voltados às cafeterias e o consumo de cafés de qualidades superior, gourmet e especiais, por todos e para toda as classes.
Atualmente, o consumo de cafés tem crescido exponencialmente em todo o mundo e para cafés especiais, não é diferente. Nos EUA, cerca de 59% das xícaras de cafés consumidas em 2017, eram de cafés especiais. Na Europa Ocidental, a abertura de novas cafeterias teve um crescimento superior a 50% em relação as lojas de bebidas e alimentos em geral (SCA, 2017; CARVALHO et al, 2018). Diante deste cenário, compreender as preferências, motivações e necessidades do consumidor de cafés especiais oferece possibilidades para entender a aceitação ou rejeição de determinados tipos de cafés, torras e bebidas.
Este estudo é de cunho exploratório descritivo e analítico-quantitativo. A amostragem foi do tipo não probabilística por conveniência. Foram executadas três curvas de torra em equipamento modelo Probatino do fabricante PROBAT LEOGAP, onde a amostra identificada como clara obteve a classificação de cor em discos da Agtron #95, a cor média #55 e a cor escura classificada como #25 (escala de discos Agtron - Protocolo estabelecido pela SCAA, 2015). Os dados dos testes sensoriais foram compilados o software estatístico SPSS para a realização das análises estatísticas, discriminante e correlações.
Através do agrupamento, é possível observar que o café de Torra Clara é o preferido entre os Grupos 1 e 2 para 12 e 14 participantes, respectivamente e o maior nível de intenção de compra para o Grupo 1 (3,91) e Grupo 2 (3,62). O café de Torra Média apresentou resultados nulos, ou seja, não preferido para compra para o Grupo 3 e o de Torra Escura, nulo para preferido para a compra para o Grupo 2. Ainda assim, o café de Torra Clara é o favorito no quesito preferência e intenção de compra, cujo 29 participantes preferem este para compra, contra 13 para a Torra Média e 11 para a Torra Escura.
O café de Torra Escura, embora seja uma amostra não adequada para a realização de testes sensoriais por baristas ou apreciadores de cafés, teve este, uma forte aceitação pelo Grupo 3 que, embora possuam maior grau de escolaridade e renda, talvez tendem para o café mais escuro, por características culturais ou habituais por tomar cafés tradicionais, cuja torra é mais escura e encorpada.
ANDRADE, H. C. C. et al. Atribuição de sentidos e agregação de valor: insumos para o turismo rural em regiões cafeicultoras. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 333-346, 2015. CARVALHO, F. M.; SPENCE, C. The shape of the cup influences aroma, taste, and hedonic judgements of specialty coffee. Food Quality and Preference, v. 68, p. 315-321, 2018. TRAORE, T. M.; WILSON, N. LW; FIELDS, D. What Explains Specialty Coffee Quality Scores And Prices: A Case Study From The Cup Of Excellence Program. Journal of Agricultural and Applied Economics, v. 50, n. 3, p. 349-368, 2018.