Resumo

Título do Artigo

O BEM-ESTAR SUBJETIVO NO COMPORTAMENTO DE COMPRA DE ALIMENTOS ORGÂNICOS
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Palavras Chave

Bem-estar Subjetivo
Teoria do Comportamento Planejado
Alimentos Orgânicos

Área

Marketing

Tema

Consumo e Materialismo

Autores

Nome
1 - Everton Verga
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - BRASÍLIA
2 - Juliano Domingues da Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Sede

Reumo

Ao longo do século XX pode-se observar mudanças significativas no comportamento dos indivíduos a respeito do consumo de alimentos, e tais alterações apresentam-se em ciclos que demonstraram uma associação entre a alimentação e a qualidade de vida, numa relação direta. Nessa seara, a perspectiva das escolhas alimentares indicam as ações que refletem na busca por benefícios físicos ou emocionais Principalmente, devido às informações associadas a substâncias tóxicas nos alimentos, consumidores optaram por alimentos sem produtos sintéticos, abrindo caminho para os alimentos orgânicos.
Levando em conta a crescente preocupação dos indivíduos em relação às perspectivas associadas à alimentação saudável, bem como a preocupação com a qualidade de vida, e o interesse em compreender os elementos que influenciam as atitudes do indivíduo a pergunta que se destaca é se o Bem-Estar Subjetivo haje como um motivador que influencia o processo de decisão de compra do indivíduo?.E considerando o objetivo em analisar a intenção de compra de alimentos orgânicos com a inclusão do Bem-Estar Subjetivo como dimensão adicional da Teoria do Comportamento Planejado.
A TCP é um modelo psicológico que tem como fator central a intenção do indivíduo de realizar um determinado comportamento. Tal intenção é assumida para capturar os efeitos motivacionais que influenciam o comportamento e a sua intenção (Ajzen, 1991). E o Bem-Estar Subjetivo há um consenso que atravessa as múltiplas definições disponíveis: todas elas concordam a respeito de que o bem-estar é um conceito multidimensional e complexo, associado aos estágios psicológicos e somáticos que envolvem aspectos físicos, emocionais, sociais, espirituais e intelectuais ( Ares et al., 2016).
Essa pesquisa utiliza-se de metodologias do tipo quantitativa, considerando o critério do Listwise, e a avaliação descritiva dos dados, visando observar a normalidade (assimetria e curtose) e a validade (convergente e discriminante) dos dados coletado e utilizando de análise fatorial e teste analítico de modelagem de equações estruturais (Structural Equation Modeling – SEM), com base em Covariâncias (CB-SEM) e critérios como Alfa de Cronbach, Rho de Jöreskog e a Confiabilidade Composta. Aplicando a Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para analise da pesquisa.
Constatou-se que o construto Bem-Estar Subjetivo, além de aumentar a explicação da variância da Intenção de Compra R² 0,80, avança para a possibilidade de o modelo esclarecer pontos que ainda permaneciam incertos, como a força que motiva as Atitudes, a qual, nesta pesquisa, foi identificada pela preocupação do indivíduo com o seu próprio bem-estar. apontam que o Bem-Estar Subjetivo influencia positivamente os fatores Atitude, Normas Subjetivas, Controle Percebido e Intenção de Compra, indicando, assim, que o Bem-Estar Subjetivo apresenta uma relação positiva com os construtos da TCP.
É possível concluir que o Bem-Estar Subjetivo é um preditor da Intenção de Compra de alimentos orgânicos e tem um papel relevante de influência frente aos construtos da TCP, indicando que o indivíduo considera a perspectiva do seu bem-estar quando tem a intenção de comprar algum alimento de origem orgânica. Isso pois a ação de comprar o alimento orgânico envolve um complexo mecanismo de relações cognitivas, desde as crenças de saúde a processos emocionais, constituintes da sensação de bem-estar que cada indivíduo preza como relevante para a sua vida.
Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Orgnizational Behavior and Human Decision Processes, 50, 179-211. Al-Swidi, A., Huque, S. M. R., Hafee, M. H., & Shariff, M. N. M. (2014). The role of subjective norms in theory of planned behavior in the context of organic food consumption. British Food Journal, 116(10), 1561-1580. Ares, G., Giménez, A., Vidal, L., Zhou, Y., Krystallis, A., Tsalis, G., ... & Deliza, R. (2016). Do we all perceive food-related wellbeing in the same way? Results from an exploratory cross-cultural study. Food Quality and Preference, 52, 62-73.