Resumo

Título do Artigo

PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL: compreendendo os antecedentes e consequentes das abordagens decisórias intuitivas e racionais
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Palavras Chave

Tomada de Decisão
Variáveis Situacionais e Pessoais
Desempenho Decisório

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Larissa Alves Sincorá
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm-UFES)
2 - Marcos Paulo Valadares de Oliveira
-
3 - Hélio Zanquetto Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - CAMPUS GOIABEIRAS
4 - MARIA MARTINS REBOUÇAS NERY
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

A rápida mudança tecnológica que a sociedade vem experienciando nas últimas décadas, conhecida como a era do Big Data (Barbosa, Vicente, Ladeira, & Oliveira, 2017; Ghasemaghaei, Ebrahimi, & Hassanein, 2018), cria um problema de processamento de informações, culminando no aumento da carga a ser processada pelo tomador de decisão (Ensley, Pearce, & Hmieleski, 2006; McCormack & Trkman, 2014), culminando em diversas consequências a nível pessoal e organizacional.
Este artigo busca preencher as lacunas de pesquisa por meio de uma abordagem quantitativa, ao analisar em que proporção a carga racional e a carga intuitiva do gestor influenciam em seus resultados de decisão. Portanto, propõe-se a responder os respectivos problemas de pesquisa: Em que medida diferentes variáveis situacionais e pessoais impactam o uso de abordagens racionais e intuitivas de decisão? E de que maneira as abordagens racionais e intuitivas geram impactos no desempenho da decisão?
Os referenciais teóricos que fundamentam e compõem essa pesquisa, fazem alusão ao processo decisório, seus fatores influentes – a pressão do tempo (PT), a experiência profissional (EP) e as capabilidades analíticas (CA) do indivíduo –, bem como o resultado da tomada de decisão. Assim, ao integrar a literatura das variáveis antecedentes (PT, EP e CA) com a pesquisa comportamental da tomada de decisão, esse estudo busca contribuir para os desdobramentos teóricos recentes da Teoria da Decisão.
Os dados utilizados na pesquisa foram coletados a partir de questionários online, aplicados em gestores filiados à FINDES, ao CRA-ES e naqueles que possuíam contas na rede social do LinkedIn (de todas as partes do Brasil). Na sequência, com o intuito de avaliar a validade e a confiabilidade do modelo teórico construído, empregou-se a técnica de análise quantitativa da Modelagem de Equações Estruturais, a partir do software Smart PLS-SEM.
Os principais resultados indicaram que a PT impacta negativamente no PDI, enquanto que as CA influenciam positivamente o PDR e o PDI. Outro achado importante da pesquisa repousa em o PDR atuar como um antecedente do CTD, gerando impactos positivos, conforme comprovado empiricamente. Logo, verifica-se, que metade das proposições teóricas do trabalho foram confirmadas (H1b, H3a, H3b e H4), e a outra parte foi rejeitada (H1a, H2a, H2b e H5).
A validação empírica das variáveis antecedentes mostrou-se importante, pois propiciou uma compreensão mais completa das características situacionais e pessoais que impulsionam as abordagens racionais e intuitivas de decisão. Além disso, demonstrou em que medida os processos decisórios racionais e intuitivos geram impactos na proxy de desempenho construída. Ainda que careça de ajustes teóricos e operacionais, o modelo desenvolvido apresenta-se como um esforço da pesquisa em oferecer uma alternativa na compreensão do comportamento de resultados provenientes de tomadas de decisões gerenciais.
Jackson, S. A., Kleitman, S., Stankov, L., & Howie, P. (2017). Individual Differences in Decision Making Depend on Cognitive Abilities, Monitoring and Control. Journal of Behavioral Decision Making, 30(2), 209–223. Simon, H. A. (1987). Making Management Decisions: the Role of Intuition and Emotion. Academy of Management Executive, 1(1), 57–64. Young, D. L., Goodie, A. S., Hall, D. B., & Wu, E. (2012). Decision making under time pressure, modeled in a prospect theory framework. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 118, 179–188.