Resumo

Título do Artigo

AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM: percepção de docentes e discentes sobre a utilização de metodologias ativas de ensino
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Palavras Chave

autorregulação
aprendizagem
metodologias ativas

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Planejamento de Ensino (cursos, programas, disciplinas, aulas e avaliação)

Autores

Nome
1 - ANA CAROLINA KRUTA DE ARAUJO BISPO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Departamento de Administração
2 - Murilo Gabriel da Costa Silva
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3 - Gabrielle Ponciano Lira
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4 - Heudja Santana Varela Ribeiro de Araújo
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Reumo

A autorregulação da aprendizagem surge como a maneira individual dos discentes em gerir o tempo, motivações próprias e pensamentos, sempre de forma a alcançar os objetivos de cada indivíduo (ZIMMERMAN, 2008), podendo ser definida como um processo em que o aluno conhece e sabe utilizar todo o seu repertório de competências visando otimizar o seu próprio aprendizado (FIGUEIREDO, 2014). A dificuldade é mensurar a autorregulação, pois, os instrumentos tendem a trabalhar de forma específica, não abarcando esse processo como algo mais amplo e delimitados aos espaços acadêmicos (TOERING et al, 2012).
As metodologias de ensino ativas são formas lúdicas de atrair a atenção do aluno, tornando a ação do professor um apoio aos estudantes de forma a tornar os mesmos os mais autônomos possíveis, responsáveis pela própria aprendizagem. Assim, o presente estudo tem como objetivo geral analisar a importância da utilização das metodologias ativas para a autorregulação da aprendizagem dos estudantes do curso de graduação em Administração da Universidade Federal da Paraíba na percepção dos próprios discentes e dos docentes que utilizam metodologias ativas no curso.
O uso de metodologias ativas de ensino é capaz de colocar o aluno como centro do processo de aprendizagem. A utilização de aulas práticas a partir de métodos ativos, leva, de acordo com Schön (2000), os alunos a aprender. Para Diesel, Baldez e Martins (2017), com o uso de metodologias ativas, o professor passa a ser um verdadeiro facilitador e a autonomia é um ponto essencial na trajetória do estudante. A introdução de metodologias como os debates, dramatizações, casos, simulações, ABP, jogos, (SILVA et al., 2012; WURDINGER; CARLSON, 2010), entre outros ajuda na promoção da aprendizagem.
Este estudo, de caráter qualitativo básico (MERRIAM, 2009) foi realizado em duas fases, a primeira delas, realizada por meio da aplicação de entrevistas individuais e semiestruturadas com nove professores do curso de Administração que utilizam as metodologias de ensino ativas e uma segunda fase realizada com 15 alunos dos últimos períodos do curso, distribuídos em dois grupos de foco. Após a aplicação das entrevistas, essas foram gravadas e transcritas na íntegra e analisadas à luz da análise de conteúdo de Bardin (2007).
Para a análise dos resultados foram utilizadas duas categorias principais: metodologias ativas e autorregulação. Para cada categoria emergiram novos fatores, os quais denominamos de subcategorias. Os nomes de todos os participantes foram suprimidos. Assim, para as entrevistas utilizamos os códigos D1M a D7M para os discentes do turno da manhã; D1N a D8N para os discentes do turno da noite; e, por fim, E1 a E9 para os professores entrevistados.
A partir dos dados analisados, percebemos que a aprendizagem pode ocorrer em qualquer lugar e que a qualidade dela depende do ambiente de aprendizagem. Em relação a motivação, os discentes retrataram que a maior delas é o desejo de concluírem o curso. Quanto a procrastinação, também avaliada, percebemos que os alunos tendem a ser menos procrastinadores no início do curso, mas com o desenvolvimento profissional, acabam adiando ao máximo atividades relacionadas aos estudos. No âmbito das metodologias ativas, percebemos uma preocupação dos docentes com a aplicação destas.
BEARD, C. The experiential learning toolkit: blending practice with concepts. London: Kogan Page, 2010 FREIRE, L. G. L. Conceptions and self-regulations on art learning. Psicol. Esc. Educ., Maringá, v. 18, n. 3, p. 391-400, Dec. 2014. JOLY, M. C. R. A. Academic self-efficacy and learning self-regulation: Relationship network at online databases. Aval. psicol., Itatiba, v. 15, n. 1, p. 73-82, Apr. 2016. ZIMMERMAN, B. J. Investigating Self-Regulation and Motivation: Historical Background, Methodological Developments and Future Prospects. American Educational Research Journal, v.45, n.1, 2008.