Resumo

Título do Artigo

ADERÊNCIA A TEORIA PECKING ORDER PELAS FIRMAS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE MULTISETORIAL
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Palavras Chave

Pecking Order
Estrutura de capital
Compliance

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Capital, Valor e Reestruturações

Autores

Nome
1 - THICIA STELA LIMA SAMPAIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Ciências Contábeis
2 - Alan Bandeira Pinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Contabilidade
3 - Rubens Carlos Rodrigues
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Administração de empresas
4 - Eva Valeria Maia Lameu
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade

Reumo

As oscilações econômicas, assim como perfil jurídico fiscal seguido pelos países (commom law ou civil law) podem impactar na forma que as empresas financiam suas operações e projetos, a fim de se adaptar ao ambiente regulador ao qual estão inseridas. A busca pelo melhor resultado possível, enseja o uso de sistemas que confiram maior credibilidade informacional aos stakeholders e sinalizem ao mercado a conduta ética, e política econômica da organização. Dessa maneira, visando à redução do custo de captação de recursos no mercado mobiliário.
Este artigo tem como questão de pesquisa: Como se comportam os índices de endividamento das empresas que negociam na B3 perante a teoria pecking order? Para responder a esse questionamento, esse artigo tem como objetivo geral analisar, de acordo com a teoria pecking order, a associação do endividamento total, de curto e longo prazo, das empresas que negociam ações na B3, distinguindo-as por segmento de atividade.
A estrutura de capital se resume na forma como a empresa financia seus ativos, sendo os dois meios existentes: capital próprio e capital de terceiros. A teoria de Pecking Order se baseia na assimetria de informações dos agentes envolvidos nessa teoria. quanto maior forem os lucros acumulados, menor a necessidade de utilização de capital de terceiros. Assim, quando mais lucrativa for a empresa, menor será o seu endividamento, uma vez que o lucro gerado é utilizado como fonte de financiamento.
Esse artigo é caracterizado como um estudo quantitativo. A amostra abrange 177 empresas brasileiras, é do tipo intencional, não-probabilística das empresas listadas na B3, e representa 44,92% da população. O espaço temporal analisado compreende quatro anos. Os dados são relativos aos anos de 2014, 2015, 2016 e 2017. A coleta de dados se deu com o suporte do sistema Economática. Os resultados foram obtidos mediante estatística descritiva, inferencial e modelos de regressão linear.
Os dados apontaram que os segmentos que apresentaram piores valores de ANOVA coincidem com os segmentos com altos valores de VIF e baixos valores para a tolerância. Assim, indicando a existência de correlação e linearidade das variáveis dentro destes segmentos, pois valores de VIF acima de 10 indicam uma alta relação linear, e valores baixos de tolerância indicam a existência de multicolinearidade no modelo. Os resultados se alinham aos achados de Ozkan (2001) sobre resultados negativos serem alinhados com a teoria Pecking Order, uma vez que prevê uma preferência pelo financiamento externo.
Portanto, pode-se afirmar que o modelo 1 (EndTotal) e modelo 3 (EndCP) comprovam a aderência da estrutura de capital as premissas da teoria de pecking order para maioria da amostra, valores de aderência acima de 50%. Entretanto, o modelo 2 (EndLP) não obteve êxito de expressar o alinhamento da estrutura de capital com a teoria pecking order. A pesquisa conclui que empresas do segmento de serviços podem precisar de menos ativos imobilizados, menores quantidades de estoque, em comparação a empresas extrativistas mineradoras, industriais.
CHANG, Y.-K.; CHEN, Y.-L.; CHOU, R. K.; HUANG, T.-H. Corporate governance, product market competition and dynamic capital structure. International Review of Economics and Finance, v.38, n.1, p. 44–55, 2015. CRISÓSTOMO, V. L.; PINHEIRO, B. G. Estrutura de Capital e Concentração de Propriedade da Empresa Brasileira. Revista de Finanças Aplicadas. v. 4, p.1-30, 2015. OZKAN, A. Determinants of Capital Structure and Adjustment to Long Run Target: Evidence from UK Company Panel Data. Journal of Business Finance & Accounting, v.28, p.175-98, 2001.