Aprendizagem organizacional
Desenvolvimento de pessoas
Cognição
Área
Estudos Organizacionais
Tema
Aprendizagem nas Organizações
Autores
Nome
1 - Cristiane Lima Araújo -
2 - Jair Nascimento Santos UNIVERSIDADE SALVADOR (UNIFACS) - PPGA
Reumo
A organização que aprende considera a possibilidade de questionar valores, hábitos e
mudar comportamentos de seus atores. Argyris e Schön (1996), De Geus (1998) e Senge (1998)
postulam que a aprendizagem organizacional permite a mudança da estrutura de pensamento,
desenvolvendo novas formas de instrução. Considera o compartilhamento de experiências, o
estímulo à experimentação e o aprendizado por meio da correção e do erro.
Pretende-se, portanto, como objetivo geral deste trabalho, evidenciar como a
aprendizagem organizacional, através do estabelecimento de um contexto capacitante, contribui
para o desenvolvimento cognitivo das pessoas nas organizações.
Contexto Capacitante
Cultura organizacional
Sensemaking
Desenvolvimento cognitivo
A coleta de dados foi feita pelo ‘Roteiro de entrevista semiestruturada’: na Empresa 1,
foram realizadas 26 entrevistas, sendo 09 gestores (RH, de setor e de unidade) e 17
subordinados, entre os meses de agosto e setembro de 2018. Na Empresa 2 foram realizadas 09
entrevistas, sendo 03 gestores (de setor) e 06 subordinados, entre os meses de agosto e setembro
de 2018. As entrevistas foram gravadas com duração média de 25 minutos. Para a gravação das
entrevistas foi necessária a autorização dos gestores da empresa, utilizando o Termo de
Anuência, uma vez que ocorreram no ambiente de trabalho.
Portanto, esse processo de compartilhamento de informações verificado nas empresas E1
e E2 confirmam a ideia de incremento de rotinas de trabalho, reforçando a aprendizagem
organizacional como fator de sobrevivência da organização, num cenário de transformações
econômicas, sociais, políticas, tecnológicas e culturais, conforme trataram Almeida e SouzaSilva (2015), Argyris e Schön (2000) e Senge (2003)
Quanto ao propósito de identificar o contexto capacitante e a cultura organizacional
estabelecidos em um ambiente de aprendizagem, foi identificada a adoção de crenças e valores
de reconhecimento do indivíduo para a aprendizagem, desta forma, propor ações de
envolvimento, participação e desenvolvimento. Essa constatação não se distancia daquilo que
está apregoado na literatura tradicional da aprendizagem organizacional. Assim, percebe-se a
necessidade do patrocínio de políticas e posturas, visando uma ampliação da percepção do
empregado e seu desenvolvimento para além da empresa.
ALMEIDA, N. C. P.; SOUZA-SILVA, J. C. Aprendizagem Organizacional e Formação de
Gestores: como aprendem os gestores em uma indústria do setor petroquímico. REGE, São
Paulo – SP, Brasil, v. 22, n. 3, p. 381-402, jul./set. 2015.
ANTONELLO, C. S. A metamorfose da aprendizagem organizacional: uma revisão crítica. In:
RUAS, R.; ANTONELLO, C. S.; BOFF, L. H. (org.). Os novos horizontes da gestão:
Aprendizagem organizacional e competências. Porto Alegre: Bookman, 2011.
ARGYRIS, C.; SCHÖN, D.A. Organizational Learning II: theory, method and practice.
Reading Addison-Wesley, pp. 305. 1996.