Resumo

Título do Artigo

ESTRUTURA, DIVERSIDADE E PRINCIPAIS ATORES DAS REDES INTERORGANIZACIONAIS PARA INOVAÇÃO EM BIOETANOL
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Palavras Chave

rede
interorganizacional
inovação

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - RICARDO CRUZ GOMES
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Administração de organizações
2 - Geciane Silveira Porto
FEA-RP/USP - Departamento de Administração

Reumo

As organizações conseguem alavancar os resultados de inovação por meio de redes de parcerias que permitem acessar e mobilizar novas fontes de recursos úteis. Por meio das redes de inovação é possível unir e recombinar recursos chave, sejam eles tangíveis e/ou intangíveis, permitindo o compartilhamento de riscos e investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento - P&D. Esse processo gera uma série de benefícios, desde melhorar a taxa de sucesso e os níveis de novidade da inovação, até acelerar a criação e antecipar a introdução de soluções no mercado.
Este estudo tem como objetivo central analisar as características da estrutura da rede de inovação surgida para o desenvolvimento de tecnologias de bioetanol, além de identificar os principais atores que ocupam posições centrais e de intermediação, e verificar a participação de titulares brasileiros
Sobre a posição dos atores na rede, duas teorias são contrastantes, a primeira relacionada aos laços diretos, pois atores que ocupam posições centrais em redes altamente conectadas estão em posição de vantagem ao permitir amplo e imediato acesso aos recursos da rede (AHUJA, 2000). E a segunda teoria, sobre os laços indiretos, na qual os recursos tendem a ser os mesmos a todos os membros de uma rede altamente conectada, e que o estabelecimento de conexões representando pontes entre agrupamentos desconexos tende a fornecer recursos novos, que são fonte de novas ideias e inovações (BURT, 2004)
Aplica técnicas de Análise de Redes Sociais, utiliza dados de patentes em cotitularidade, classificadas como tecnologias relacionadas ao bioetanol, de acordo com a classificação IPC-Green Inventory.
Os resultados descrevem as características da rede, e demonstram que a rede é altamente fragmentada, com o destaque para dois grandes componentes que agrupam considerável número de atores, onde verificou-se a existência de parcerias internacionais, embora a maioria das parcerias sejam firmadas com parceiros locais. Demonstrou-se também que os Centros de P&D e Universidades exercem papel de destaque, posicionados como atores centrais na rede.
Os titulares japoneses se diferenciam do restante, pois constituíram o maior agrupamento de inovadores, que estão diretamente ou indiretamente interconectados, apresentando relevante diversidade de atores (Universidades, Centros de P&D e empresas), com alta centralidade e capacidade de intermediação, de forma a permitir que qualquer ator inserido naquele componente possa alcançar os outros membros, por meio de uma quantidade reduzida de conexões, alinhado as características de mundo pequeno.
AHUJA G. (2000). Collaboration networks, structural holes, and innovation: a longitudinal study, Administrative Science Quarterly. BURT R.S., et al. (2004). Structural Holes and Good Ideas. American Journal of Sociology. JOÃO, I. S.; PORTO, G. S.; GALINA, S. V. R. (2012). A posição do Brasil na corrida pelo etanol celulósico : mensuração por indicadores C & T e programas de P & D. Revista Brasileira de Inovação. SOUZA, L. G. et al. (2015). Collaborative Networks as a measure of the Innovation Systems in second-generation ethanol. Journal Scientometrics.