Resumo

Título do Artigo

Reconstrução de Escalas: um exemplo a partir das medidas de bem-estar no trabalho
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Palavras Chave

Escalas de mensuração
Modelagem de equações estruturais
Bem-estar no trabalho

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Métodos e Técnicas de Pesquisa

Autores

Nome
1 - Diógenes de Souza Bido
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - PPGA - Programa de Pós-graduação em Administração de Empresas
2 - Silvania da Silva Onça
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ (UNIFESSPA) - IESB
3 - Eric David Cohen
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) - Administração

Reumo

Destruição de escala foi definida por Bido, Mantovani e Cohen (2018) como a situação em que se usa a análise fatorial exploratória quando métodos confirmatórios seriam os mais adequados, resultado em uma destruição da estrutura fatorial original. Este estudo teve o objetivo geral de mostrar que o uso da abordagem confirmatória é viável para a construção/desenvolvimento de modelos e teoria.
A partir das críticas apresentadas a seguir, o presente estudo teve o objetivo específico de redefinir a operacionalização do bem-estar no trabalho (BET). - A análise fatorial exploratória (AFE) resultou no agrupamento da SAT e ECOA em uma dimensão; - Sugere o cálculo do escore de IBET-13 como bidimensional ou unidimensional, sem discutir, nem mostrar que BET seria um construto unidimensional de ordem superior; - Excluiu da escala final o item que representava a satisfação com os colegas (SAT_col).
Siqueira e Padovam (2008) definiram o BET como um “um conceito integrado por três componentes: satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo”, que foi redefinido para: “BET compreende um estado mental positivo formado pela articulação de três vínculos, também positivos, denominados satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo” (SIQUEIRA et al., 2014, p.39). Ambas as definições não deixam claro o relacionamento entre os três componentes ou vínculos.
A preparação do instrumento para a coleta de dados manteve as sete escalas exatamente como foram publicadas por seus autores em 2008, com a inclusão da escala para mensuração da intenção de rotatividade (SIQUEIRA; GOMIDE Jr. et al., 2014) e de variáveis demográficas: idade, gênero, escolaridade, tempo na empresa atual, estado em que reside, cargo atual e ramo da empresa que trabalha. Foram coletadas 383 respostas válidas, e analisadas por meio de análise fatorial confirmatória e modelagem de equações estruturais com estimação por WLSMV (adequado para dados ordinais).
O modelo de mensuração se mostrou adequado, mantendo todas as dimensões determinadas a priori. No modelo estrutural o bem-estar no trabalho foi modelado como uma variável latente de segunda ordem e explicou aproximadamente 50% da variância da intenção de rotatividade, portanto, possui validade de critério.
O objetivo específico tinha a ver com a validação da mensuração do BET, procurando manter o que tinha sido proposto a partir da discussão teórica, por isso, não foi questionado se a definição original de BET (SIQUEIRA et al., 2014) era adequada, atual e completa. O objetivo geral foi atingido pois a operacionalização feita a partir da abordagem dedutiva, manteve todas as dimensões definidas a priori, por isso, esta abordagem é recomendada sempre que se tiver alguma teoria de base.
BIDO, D. S.; MANTOVANI, D. M. N.; COHEN, E. D. Destruction of measurement scale through exploratory factor analysis in production and operations research. Gestão & Produção, v. 25, n. 2, p. 384–397, 2018. JÖRESKOG, K. G. Factor Analysis and Its Extensions. In: R. Cudeck; R. C. MacCallum (Orgs.); Factor Analysis at 100: historical developments and future directions. p.47–77, 2007. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers. SIQUEIRA, M. M. M. (Org.); Novas Medidas do Comportamento Organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Bookman, 2014.