Resumo

Título do Artigo

Reciprocidade Como Dimensão da Orientação Empreendedora e o Desempenho de Organizações Sem Fins Lucrativos
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Palavras Chave

Reciprocidade
Desempenho
Orientação Empreendedora

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - Andréa Luisa Bozzo
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Barra Funda SP
2 - Henrique Mello Rodrigues de Freitas
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA
3 - Cristina Dai Prá Martens
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA

Reumo

Desde o surgimento de trabalhos considerados precursores no debate quanto ao tema da reciprocidade pode-se salientar que há uma diversidade de estudos que examinaram e ainda continuam examinando esse assunto em uma variedade de campos, como a Administração, a Sociologia e a Psicologia por exemplo. No entanto, apesar da diversidade de aplicações desses estudos, a maioria deles se concentrou no papel da reciprocidade no desenvolvimento e na manutenção de relacionamentos, e poucos trabalhos têm sido realizados, tratando do tema como uma dimensão da orientação empreendedora.
O papel da reciprocidade desponta como um componente a ser analisado como parte da estratégia organizacional para atingimento de melhores resultados, podendo ser relacionada à OE em um cenário crescente de pesquisa nesta área. O objetivo é analisar a influência das características da reciprocidade no desempenho organizacional. Para isso, analisa-se como fatores de reciprocidade que promovem um ambiente que valorize e estimule os valores e comportamentos entendidos como colaboração, cooperação, engajamento dos voluntários, inovação e conexão dos gestores, podem afetar positivamente o desempenho
Este estudo foi teoricamente fundamentado em primeiro lugar na Orientação Empreendedora, vista como processos, estruturas, e comportamentos de organizações para agir de maneira empreendedora. Em segundo, na teoria da reciprocidade trazendo outra leitura das relações econômicas e sociais. E em terceiro no desempenho organizacional.
Averiguou-se os argumentos desta pesquisa na maior organização sem fins lucrativos da América Latina no segmento que atua. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, de forma presencial, com os informantes mais experientes da organização.
Os achados evidenciam que por meio de práticas de reciprocidade pode-se atingir melhores resultados no contexto sem fins lucrativos. Adicionalmente, a reciprocidade caracteriza os relacionamentos de organizações sem fins lucrativos que podem ser determinantes, possivelmente mais do que em outros tipos de organizações tradicionais, para acessar um conjunto de recursos complementares necessários para um melhor desempenho.
Analisando as diversas facetas que matizam a reciprocidade, a colaboração parece ter maior influência no desempenho no contexto sem fins lucrativos, observando-se cooperação, parceria, inovação e conexão dos gestores como características de reciprocidade que influenciam positivamente o desempenho das organizações sem fins lucrativos. O qual é um contexto relevante pelas especificidades, pelos desafios específicos, e pela dotação usualmente mais reduzida de recursos e capacidades que caracterizam estas organizações.
Goldstein, N., Griskevicius, V., & Cialdini, R. (2011). Reciprocity by proxy: A novel influence strategy for stimulating cooperation. Administrative Science Quarterly, 56(3), 441-473. Ireland, R., Covin, J., & Kuratko, D. (2009). Conceptualizing corporate entrepreneurship strategy”, Entrepreneurship Theory and Practice, (1), 19-46. Martens, C., Lacerda, F., Belfort, A., & Freitas, H. (2016). Research on entrepreneurial orientation: current status and future agenda. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, 22(4), 556-583.