Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar a ideia de desenvolvimento em Estudos Organizacionais como uma construção histórica, para então propor o conceito de gestão do desenvolvimento como o processo de modernização de países subdesenvolvidos aos padrões ocidentais.

A partir do desenvolvimento da área em Estudos Organizacionais em Administração do Desenvolvimento, percebe-se uma aproximação entre a ideia de gestão do desenvolvimento e a abordagem crítica a partir da noção de colonialidade. Entretanto, a dificuldade em apresentar uma alternativa a essa literatura não é justificada somente pela tradição anglo-saxônica, ainda que esta seja a principal. Por consequência, apesar de bem-intencionado cientificamente, um viés alternativo de análise sobre a gestão do desenvolvimento a partir de perspectiva do “subalterno” envolve algumas fragilidades teóricas.

Embora cada vez mais crescentes, as principais elucidações (como Cardoso, 1993) sobre uma perspectiva genuinamente latina sobre a gestão e o desenvolvimento dos países de Terceiro Mundo demandam um grande esforço de produção, ainda que sejam inéditas. Embora cada vez mais crescentes, as principais elucidações (como Cardoso, 1993) sobre uma perspectiva genuinamente latina sobre a gestão e o desenvolvimento dos países de Terceiro Mundo demandam um grande esforço de produção, ainda que sejam inéditas.

Este exercício conceitual é feito desde a decisão pelo termo “gestão” até a construção da ideia de desenvolvimentismo em países classificados, em virtude de uma evolução histórica, como “de terceiro Mundo”. Frente às designações teóricas em Estudos Organizacionais sobre colonialidade entre países, e pelo viés histórico desta construção, entende-se que a abordagem teórica sobre desenvolvimento em organizações deve seguir esta prerrogativa para então uso da recente corrente teórica na área denominada Administração para Gestão do Desenvolvimento.

Pode-se dizer a respeito das considerações acerca da Gestão do Desenvolvimento que o que as mesmas apresentam em comum, além da adição da sociedade civil e do setor privado ao Estado como veículos de desenvolvimento, são as diferenças concernentes à Administração do Desenvolvimento.

Alcadipani, R. From Latin America to the World: Notes on the (Possible) Latin America Management Styles. In: Ana Guedes; Alex Faria. (Org.). International Management and International Relations: a Critical Perspective from Latin America. 1 ed. New York: Routledge, v. 1, p. 136-158, 2010. _______________. ROSA, A. R. From grobal management to glocal management: Latin American perspectives as a counter-dominant management epistemology. Canadian Journal of the Administrative Sciences, v. 28, p. 453-466, 2011. BRINKERHOFF, D; COSTON, J. International development management in a globalized world.