Resumo

Título do Artigo

ENERGIA RENOVÁVEL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO CEARÁ: LEVANTAMENTO DE CATEGORIAS DE ANÁLISE
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Palavras Chave

Ecodesenvolvimento
Dependência Energética
Energia Solar Fotovoltaica

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégia e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Alex Bizarria Bezerra
UECE - Universidade Estadual do Ceará - Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas
2 - Adriana Teixeira Bastos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Programa de Pós-graduação em Administração
3 - Fabiana Pinto de Almeida Bizarria
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA (UNILAB) - e FACULDADE LUCIANO FEIJÃO

Reumo

Considera-se a energia um dos principais pilares do padrão de vida das sociedades modernas. A energia é fator essencial para o desenvolvimento, pois tem a capacidade de ampliar a eficiência e o rendimento do trabalho humano (SACHS, 2012). Com efeito, a adoção de energias alternativas tornou-se fator de segurança para o desenvolvimento sustentável de vários países (ROMANO, 2014). A Energia Solar Fotovoltaica (ESV) é, indiscutivelmente, a fonte de energia renovável mais abundante entre todas as outras vertentes da mesma categoria (ZHANG et al., 2018).
Com a perspectiva de Sachs (2007), em análise sobre a relevância da disseminação do uso das energias renováveis, a pesquisa objetiva compreender relações entre fontes renováveis de energia com o desenvolvimento sustentável por meio de um levantamento de subcategorias que expliquem a contribuição da ESF no contexto do desenvolvimento sustentável do Estado do Ceará.
Sachs (2007, 2009) considera os aspectos éticos do desenvolvimento, na perspectiva de um modelo que abrange o crescimento econômico com a diminuição das desigualdades e a proteção do ambiente As dimensões do desenvolvimento sustentável (Social, Cultural, Ecológica, Territorial, Econômica e Política) propostas por Sachs produzem um desafio para a elaboração de políticas públicas, porquanto o autor considera que o seu delineamento tem de atingir objetivos concomitantemente nessas sete dimensões.
A pesquisa de campo, descritiva e qualitativa extraiu subcategorias de cinco entrevistas, com suporte em roteiro semiestruturado, realizadas com especialista do setor de Energia Solar Fotovoltaica, com suporte na Análise Temática de Conteúdo. Considerando-se a quantidade de entrevistas realizadas e os enfoques distintos de cada entrevistado, os códigos ou núcleos de sentido foram extraídos não da recorrência dos termos e sim na presença das ideias extraídas das falas dos especialistas. Como resultado da codificação, foram levantadas 40 subcategorias.
Depreende-se que a sustentabilidade social envolvida no setor da ESF surge ante à possibilidade de ampliação da oferta de empregos, bem como a melhoria da condições de vida das pessoas em decorrência do menor custo da energia utilizada, bem como um maior acesso à equipamentos à base de energia. A Política, por sua vez, envolve a necessidade de ampliar a agilidade dos processos de financiamento e de atração de investimentos, o que coloca o Governo como protagonista na ampliação da oferta da ESF.
A Energia Solar Fotovoltaica, no estudo, se apresenta como inovação sustentável e, ainda, uma estratégia viável para o desenvolvimento sustentável. Investimento em processos educativos favoráveis à adoção de outros padrões consumo, bem como amplo envolvimento de governos e empresas no alinhamento dessas estratégias na superação de entraves relacionados aos custos, à segurança política, à mão-de obra qualificada, por exemplo, representam caminhos para uma ampla disseminação da ESF no Estado.
SACHS, I.. De volta à mão visível: os desafios da Segunda Cúpula da Terra no Rio de Janeiro. Estud. Av., São Paulo, v. 26, n. 74, p. 5-20, 2012. FROEHLICH, C. Publicações internacionais sobre sustentabilidade: uma revisão de artigos com o uso da técnica de análise de conteúdo qualitativa. Revista de Administração da UFSM, v. 7, n. 2, p. 178-195, 2014. LIZUKA, E. S.; PEÇANHA, R. S. Análise da produção científica brasileira sobre sustentabilidade entre 2008 e 2011. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 3, n. 1, p. 1-17, 2014.