Resumo

Título do Artigo

UM ESTUDO DE CASO SOBRE ESTRESSE EM RESIDENTES DE CIRURGIA VASCULAR PERIFÉRICA EM UM HOSPITAL DE ENSINO
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Palavras Chave

Estresse Ocupacional
Residência Médica
Hospital de Ensino

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - ALEXANDRE RODRIGUES INÁCIO DE AZEVEDO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACULDADE DE MEDICINA
2 - Michelle de Souza Rocha
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACE

Reumo

A palavra stress surgiu no vocabulário inglês ligada à física, mediante o estado de deformidade de um material, quando é submetido a um esforço ou força externa. Mais tarde, esse conceito foi adaptado à medicina devido ao resultado apresentado pelo organismo humano, quando tem que enfrentar situações de ameaça ao seu equilíbrio interno. Os empresários afirmam que certo grau de estresse é interessante para acelerar o processo de produção, assim ele vem se tornando o mal do século XXI, abrindo portas para uma infinidade de doenças físicas e mentais aos trabalhadores (PEREIRA; MELLO, 2016).
De modo geral, o objetivo desta pesquisa compreendeu avaliar, analisar e descrever a situação de estresse ocupacional em residentes de cirurgia vascular periférica em um hospital de ensino. O trabalho aqui apresentado teve como motivação a observação e experiência com os residentes de cirurgia vascular periférica em um hospital de ensino na cidade de Belo Horizonte. Os hospitais de ensino, além do atendimento à população, também servem para estreitar práticas em pesquisa e o ensino, dado a isso a importância de se estudar estresse em ambientes hospitalares.
A residência médica é uma das etapas mais estressante da especialização, em que trabalham por longas jornadas diárias, enquanto isso sua responsabilidade em cuidar da vida de seus pacientes aumenta no mesmo nível, que seria o ideal aumentar junto com conhecimento e experiência adquirida durante o processo. Nem sempre a realidade bate com a expectativa: acumular responsabilidades além de seus conhecimentos e combinado com a exaustão física e mental, pode levar ao estresse. Thomas (2004) e Prins et al(2007) constataram a escassez em pesquisas direcionadas ao estresse e esgotamento em residentes.
Esta pesquisa pode ser caracterizada como um estudo de caso, descritivo-exploratório (Trivinõs, 1987), de natureza qualitativa, com o objetivo de avaliar, analisar e descrever a percepção de estresse ocupacional em residentes de cirurgia vascular periférica em um hospital de ensino, através de questionário semiestruturado e entrevistas. O questionário foi dividido em duas partes, a primeira sobre dados sociodemográficos e a segunda com perguntas abertas, baseadas na Escala de Estresse de Paschoal e Tamayo.
População foi composta por 12 residentes, e 6 retornaram com os questionários. Quanto ao sexo, 50% são masculino e 50% feminino. Todos trabalham em mais de um hospital/clínica e todos possuem outra residência. Os resultados evidenciam que os respondentes sentem-se cansados, com excessiva carga horária de trabalho e falta de tempo para vida pessoal.
Percebe-se a importância de medidas de intervenção para melhorar a qualidade de vida dos residentes, inclusive a participação efetiva da Comissão de apoio aos residentes, que não dá suporte necessário para se evitar os principais fatores que levam ao estresse, incluindo o assédio moral, que de acordo com os respondentes, é recorrente e velado.
Almeida et al (2015), Albuquerque et. al (2012), Bacheschi (1998), Berg (2019), Brasil (2005), Brent (1981), Bulgacov (2006), Butterfiled (1998), Carvalho et. al (2004), Clever (2002), Faro e Pereira (2013), Gil (1999), Guerrer (2007), Lima (2003), Limongi-França (2004), Meleiro (1998),Minayo (2002, 2008, 2012), Nogueira-Martins (2005), Paiva e Saraiva (2005), Paschoal e Tamayo (2004), Prins et al. (2007), Rodrigues (2005), Selye (1936), Serva e Jaime Jr (1995), Silva e Silva (2015), Stanley e Burrows (2001), Thomas (2004), Trivinõs (1987), Vergara (2010), Yin (2001).