Resumo

Título do Artigo

Virtudes Organizacionais: Uma Revisão Sistemática de Instrumentos de Medida
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Palavras Chave

Virtudes organizacionais
Instrumentos de medida
Revisão sistemática

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Lucas Carregari Carneiro
-
2 - Maria Clara Figueiredo Dalla Costa Ames
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG - Escola Superior de Administração e Gerência - Florianópolis (SC)
3 - Andrei Costa Colonetti
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG

Reumo

As virtudes organizacionais – virtuousness, correspondem na que em Administração às virtudes morais organizacionais (BRIGHT ET AL, 2006; GOMIDE ET AL, 2016; REGO & CUNHA, 2015). O conceito diz respeito as ações de indivíduos, atividades coletivas, atributos culturais ou processos que habilitem a disseminação e a perpetuação da virtuosidade em uma organização (CAMERON ET AL, 2004). Dado a relevância do tema em contexto nacional e internacional se faz necessário conhecer mais profundamente o conceito e encontrar instrumentos válidos para utilização em estudos científicos.
Sendo assim, o presente estudo tem por objetivo identificar e analisar as principais pesquisas empíricas de construção e validação de instrumentos de mensuração da virtuosidade organizacional, partindo de uma revisão sistemática da literatura. Para identificar os artigos foram pesquisadas cinco importantes base de dados: Ebsco, Scopus, Web of Science, Scielo e Spell. Dentre mais de 2.000 artigos encontrados 20 responderam aos critérios de elegibilidade (MOHER ET AL, 2009)
Para Cameron et al. (2004) as virtuosidades organizacionais referem-se a contextos organizacionais nos quais virtudes são praticadas, apoiadas, alimentadas, disseminadas e mantidas, considerando tanto o nível individual quanto o coletivo (CAMERON ET AL, 2004). O termo virtude representa atributos individuais caracterizados pela excelência moral, enquanto o termo virtuosidade se refere a diversas virtudes agregadas, que são expressas por um coletivo de indivíduos (CAMERON & WINN, 2012).
O principal instrumento encontrado diz respeito sobre a Cultura Ética Corporativa. O modelo CEV-58 itens (KAPTEIN, 2008) foi validado em diferentes contextos (HUHTALA ET AL 2011; NOVELSKAITE & PUCETAITE, 2014; KANGAS ET AL 2014; HUHTALA ET AL, 2018). Em 2013 foi produzida uma versão reduzida com 32 itens (DEBODE, 2013) e empregada em recentes estudos empíricos (NOVELSKAITE & PUCETAITE, 2014;PÁVIC, ŠERIĆ & ŠAIN, 2018). Dado as medidas de análise empregada, é possível concluir que a escala é válida, confiável e relevante para mensurar a percepção de fatores da conduta ética nas organizações.
Além da Cultura Ética Corporativa (CEV) percebeu-se que os trabalhos representavam outra linha teóricas, vinculada à Psicologia Organizacional Positiva (POS), a qual tem como principal referencia a survey desenvolvida por Cameron et al. (2004), empregado em cinco dos seis trabalhos analisados. A escala é recomendável para análise da relação entre virtuosidade com outros constructos, tais como otimismo, satisfação no trabalho, engajamento no trabalho, performance e downsizing (BRIGHT ET AL, 2006; VALLET, 2010; UGWU, 2012; ASAD ET AL, 2017; LUPANO PERUGINI, 2017).
AMES, Maria Clara F. D., SERAFIM, M. C; MARTINS, F. F.. Análise das Escalas e Medidas de Virtudes Morais Associadas à Área de Administração e Ética Empresarial: uma Revisão Sistemática. Anais do Evento EnANPAD, 2018. CAMERON, K. S.; BRIGHT, D.; CAZA, A. Exploring the Relationships between Organizational Virtuousness and Performance. American Behavioral Scientist, v. 47, n. 6, p. 766–790, 2004. KAPTEIN, M. Developing and testing a measure for the ethical culture of organizations: The corporate ethical virtues model. Journal of Organizational Behavior, v. 29, n. 7, p. 923–947, out. 2008.