Resumo

Título do Artigo

EMPRESAS SOCIAIS NA PERSPECTIVA DE COMUNIDADES DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
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Palavras Chave

Empresa social
Comunidade
Amazônia Brasileira

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - Gelciomar Simão Justen
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PPGADM
2 - Andréa Paula Segatto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PPGADM - Programa de Pós-Graduação em Administração
3 - Rodrigo Luiz Morais-da-Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Curitiba
4 - Indira Gandhi Bezerra de Sousa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Campus Botânico

Reumo

A Amazônia é um bioma que, mesmo sendo um local de riquezas conhecidas pelo mundo, a Amazônia, devido ao seu histórico de ocupação desordenada, se insere em um contexto de desigualdades socioeconômicas e problemas ambientais. Diante deste cenário, faz-se necessário reconhecer as iniciativas desenvolvidas pelas próprias comunidades como meio de sobrevivência. as iniciativas desenvolvidas pelas comunidades são tidas como empresas sociais que congregam objetivos sociais e econômicos em equilíbrio, sendo o social seu objetivo principal e o econômico um meio para contemplá-lo.
O questionamento norteador para o estudo é: como se configuram as empresas sociais no contexto de comunidades da Amazônia Brasileira? Visando responder tal questionamento, o objetivo desse estudo consiste em caracterizar as empresas sociais existentes nas comunidades da Amazônia Brasileira, descrevendo seu formato organizacional e seu contexto de atuação.
Empresas sociais são mecanismos criados para suprir as carências oriundas das lacunas institucionais, tendo foco no desenvolvimento de iniciativas voltadas para o contexto social (RAUFFLET; DO AMARAL, 2007; PERRINI; VURRO; CONSTANZO, 2010; COMINI, 2016; DUFAYS; HUYBRECHTS, 2016). Empresas sociais possuem diferentes formatos, sendo empresas, associações, cooperativas e outros que desenvolvem iniciativas voltadas para melhorias nas condições de vida da sua comunidade, empoderando-se e se apropriando da sua identidade local (GATICA, 2015; RWAMIGABO, 2017; YEASMIN; KEMPPAINEN-KOIVISTO, 2017).
Pesquisa qualitativa e descritiva baseada em estudo de caso. Realizou-se pesquisa de campo com aplicação de entrevistas e observações nas comunidades, aplicação de entrevistas com pesquisadores e organizações de apoio para estruturação de comunidades da Amazônia Brasileira. Os dados foram coletados e analisados sob orientação de categorias de análise para compreensão do fenômeno. Utilizou-se a análise de conteúdo.
As empresas sociais, em seus formatos, consistem em mecanismos que empoderam as comunidades da Amazônia Brasileira para que estas sejam atores de sua própria história. As empresas criadas alinham objetivos sociais e econômicos com preservação ambiental, atendendo as demandas do contexto em que se inserem. Essa visão é corroborada por pesquisadores e por organizações que apoiam a estruturação das comunidades. Discorre-se, também, sobre a lógica contrária, quando a organização criada não atua como uma empresa social, de fato, acarretando em prejuízos para as comunidades.
Pôde-se perceber que as comunidades da Amazônia Brasileira, por ações endógenas, desenvolveram mecanismos possíveis para amenizar os impactos negativos de seus problemas de ordem social, econômica e ambiental. Quanto ao formato organizacional, têm-se cooperativas e associações criadas como formas de alternativas para se organizar e coordenar esforços direcionados para a mudança social do contexto em que se inserem. Assim, as empresas sociais nas comunidades da Amazônia Brasileira são organizações que carregam consigo as características e particularidades do seu local.
AUDEBRAND, Luc K. Expanding the scope of paradox scholarship on social enterprise: the case for (re)introducing worker cooperatives. M@n@gement 2017, vol. 20(4): 368-393. COMINI, G.M. Negócios sociais e inovação social: um retrato de experiências brasileiras. Tese (Livre Docência), Universidade de São Paulo – São Paulo, 2016. GATICA, Sebastian. Understanding the phenomenon of Chilean social enterprises under the lens of Kerlin’s approach: Contributions and limitations. Social Enterprise Journal, Vol. 11 Issue: 2, 2015.