Resumo

Título do Artigo

A Relação Entre Estado Empreendedor e Complexidade Econômica para o Desenvolvimento de um País Periférico: Uma Análise pela Perspectiva Estruturalista.
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Palavras Chave

Teoria Estruturalista do Desenvolvimento
Estado Empreendedor
Complexidade Econômica

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - Nuno Álvares Felizardo Júnior
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS (IFSEMG) - Muriaé
2 - Rodrigo Gava
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Departamento de Administração e Contabilidade

Reumo

Uma das questões cruciais para a pesquisa da inovação é entender o funcionamento interno das burocracias de inovação, ou seja, como as organizações públicas devem ser estruturadas para acomodar a capacidade exploradora de riscos e as capacidades necessárias para visualizar e gerenciar os desafios contemporâneos. Além disso, a principal preocupação deve ser estabelecer quais habilidades e ou recursos, capacidades e estruturas são úteis para aumentar as chances para que as organizações sejam eficazes tanto na aprendizagem quanto no estabelecimento de parcerias simbióticas com o setor privado.
Dentro dessa perspectiva surge o grande incomodo deste ensaio: Como o Estado empreendedor, dentro da perspectiva estruturalista, pode planejar os avanços na complexidade de sua estrutura produtiva para superar a “Doença Holandesa”? Como objetivo deste ensaio pretende-se: Revelar elementos do Estado empreendedor que, correlacionados com conceitos de complexidade econômica, promovam suporte para a modernização da estrutura produtiva para acumulação de conhecimento em um país periférico.
A fundamentação teórica, para melhor introdução ao raciocínio do ensaio, começa evidenciando a macroeconomia na perspectiva estruturalista do desenvolvimento, nesse tópico é explicado o fenômeno da Doença Holandesa e o conceito de país periférico. Depois, o referencial, descreve a conexão entre Estado e intervenção no processo do desenvolvimento dando luz a construção do Estado Empreendedor e, por fim, explica os mecanismos globais que alicerçam a complexidade econômica.
A discussão foi pautada nas etapas identificadas no estudo de Yu (1997) que suportam uma estratégia de conectar países periféricos a países desenvolvidos por meio de processos e ou produtos de alta complexidade utilizando o conhecimento cumulativo de alto valor construído como diferencial competitivo para entrada nesse cenário. Como isso, os países periféricos deixam de exportar, exclusivamente, commodities e passam a formar conexões tecnológicas e exportar produto de alta complexidade. Um modelo mental com a estruturação crítica ao cenário brasileiro é apresentado ao final da discussão.
Não se buscou uma receita e, tão pouco, explicar um processo tão complexo que é tornar uma economia desenvolvida e estruturada, mas realizar, por meio de construções teóricas e críticas uma análise dos aspectos contributivos para alcançar o objetivo proposto de revelar elementos do Estado empreendedor que, correlacionados com conceitos de complexidade econômica, promovam a modernização da estrutura produtiva para acumulação de conhecimento em um país periférico, nesse ensaio, o Brasil.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; GALA, Paulo. Macroeconomia estruturalista do desenvolvimento. Brazilian Journal of Political Economy, v. 30, n. 4, p. 663-686, 2010. FREEMAN, John R. State entrepreneurship and dependent development. American Journal of Political Science, p. 90-112, 1982. HAUSMANN, Ricardo; HIDALGO, César; BUSTOS, Sebastian; COSCIA, Michele; SIMOES, Alex. The atlas of economic complexity: Mapping paths to prosperity. Mit Press, 2014. MAZZUCATO, Mariana. The Entrepreneurial State: Debunking Public vs. Private sector myths, 2013.