Resumo

Título do Artigo

PELO AMOR OU PELA DOR: A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS
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Palavras Chave

Educação Ambiental
Percepção Ambiential
Modelagem Quantitava

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Waleska Reali de Oliveira Braga
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Faculdade de Ciência e Engenharia de Tupã
2 - Sergio Silva Braga Junior
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Faculdade de Ciência e Engenharia de Tupã
3 - Dirceu da Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Deprac - Departamento de ensino e práticas culturais

Reumo

A sociedade vem passando por fases distintas de apropriação da natureza para suprir necessidades de cada época. No início, necessidades imediatas relacionadas à subsistência, depois necessidades de produção de mercadorias e, atualmente, vivendo a apropriação da natureza para suprir as necessidades de consumo. Neste sentido, os cidadãos e os gestores públicos e privados são chamados a repensar o seu estilo de vida e a forma de conduzir seus negócios assumindo responsabilidades que vão além da sua formação disciplinar.
Uma vez que a percepção ambiental está ligada à conscientização e essa, por sua vez, pode ocorrer por meio da educação nas diversas etapas do ensino formal, inclusive no ensino superior, a presente pesquisa buscou responder a seguinte questão: Será que a percepção ambiental de estudantes universitários do curso de administração reflete sobre as questões ambientais? Respondendo esta questão, o objetivo da presente pesquisa foi verificar se a percepção ambiental dos estudantes universitários de administração estão sendo refletidas no conhecimento sobre as questões ambientais.
A percepção é claramente mais do que o processo no qual os estímulos vencem os sentidos, é o início do processamento de informações, a interpretação dos estímulos aos quais se presta a atenção de acordo com a conformação mental existente, que são as atitudes, experiência e motivação. O ser humano é um ser essencialmente social. E por esse motivo é necessário que haja um sistema de regras para pautar essa convivência em sociedade. Por outro lado, a educação como forma de estímulo de raciocínio, de transmissão de conhecimento, de ampliação de conhecimentos é um processo contínuo que dura à vida.
A partir da exploração teórica, foi desenvolvido um questionário, validado, testado e aplicado em uma amostra de universitários do curso de administração em quatro Universidades brasileiras. Com uma amostra de 527 respondentes, os dados foram analisados utilizando a modelagem de equações estruturais por meio do software SmartPLS 2.0 M3. Foi utilizado para avaliar a consistência do modelo proposto, em todos os testes, o nível de significância (α) de 0,05 ou 5% que é o nível de significância mais recomendado na literatura (HAIR JUNIOR et al., 2005).
Considerando os resultados obtidos por meio da análise dos dados, algumas observações devem ser feitas. Para a percepção ambiental, foi possível notar que a percepção dos universitários está centrada, basicamente, no contexto do consumo consciente, na reciclagem e no uso responsável de energia elétrica. Este aspecto é possível de ser observado pelas questões que prevaleceram no modelo.
Neste estudo foi possível observar que prevalece na percepção ambiental dos universitários o fato de que os problemas ambientais ainda estão relacionados somente ao consumo de água, de energia e de não jogar lixo no chão. Abordagens mais complexas, onde caberiam reflexões acerca do papel do cidadão na construção de uma sociedade sustentável para não agravar os problemas ambientais, ainda não fazem parte da percepção ambiental destes futuros profissionais e demonstra que “pelo amor” as pessoas ainda não perceberam a importância de se mobilizarem a favor do meio ambiente.
BARBIERI, J. C.; SILVA, D. Educação ambiental na formação do administrador. São Paulo: Cengage Learning, 2012. DECLARAÇÃO, DE TBILISI. Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental. Tbilisi, Geórgia: UNESCO, PNUMA, v. 14. JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de pesquisa, v. 118, n. 3, p. 189-205, 2003. MACEDO, R. L. G. Percepção, conscientização e conservação ambientais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2005. PORTILHO, F. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2010.