Resumo

Título do Artigo

A CAPACIDADE INOVATIVA DAS NAÇÕES SOB UM PANORAMA GLOBAL: UMA REFLEXÃO SOBRE AS CONDIÇÕES DE INOVAÇÃO A PARTIR DAS DISPARIDADES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Desenvolvimento econômico
Sistemas Nacionais de Inovação
Panorama Global

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - NAYARA GONÇALVES LAURIANO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Departamento de Administração e Contabilidade (DAD/UFV)
2 - Gustavo Bastos Braga
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Der

Reumo

As variações no desenvolvimento entre as economias nacionais foram sendo associadas à capacidade de inovação acumulada por cada nação. Neste sentido, a composição de ambientes institucionais e de infraestrutura propícios ao fomento da inovação vem sendo a estratégia por partes dos países para impulsionar, direcionar e sustentar o processo de desenvolvimento. No entanto, a demanda por inovação concentra-se em padrões de países avançados, sendo que os países partem de padrões de capacidades em inovar distintas, que influenciam o processo de geração de tecnologia e introdução de inovações.
As variações no desenvolvimento entre as economias nacionais foram sendo associadas à capacidade de inovação acumulada por cada nação. Neste sentido, a composição de ambientes institucionais e de infraestrutura propícios ao fomento da inovação vem sendo a estratégia por partes dos países para impulsionar, direcionar e sustentar o processo de desenvolvimento. No entanto, a demanda por inovação concentra-se em padrões de países avançados, sendo que os países partem de padrões de capacidades em inovar distintas, que influenciam o processo de geração de tecnologia e introdução de inovações.
As variações no desenvolvimento entre as economias nacionais foram sendo associadas à capacidade de inovação acumulada por cada nação. A inovação passa a ser tratada pelos países como elemento-chave para impulsionar o processo de desenvolvimento. Consolida-se como marco teórico a perspectiva de Sistemas Nacionais de Inovação (SNI), no qual seu limite “nacional” manifesta-se ao considerar que as nações não devem apenas adquirir as tecnologias desenvolvidas por outras, mas aumentar seu desenvolvimento técnico pelo próprio esforço (Nelson; Rosenberg, 1993; Freeman, 1995; Lundvall, 2010).
O estudo utilizou-se da abordagem quantitativa, explorando dados secundários, coletados e disponíveis por organizações internacionais, a destacar o Global Innovation Index (GII) e as classificações dos países por níveis de renda e regiões adotadas pelo Banco Mundial. Realizou-se a partir do software QGis 3.2.1 (software livre), um Sistema de Informação Geográfica (SIG), a representação geográfica do desempenho entre os países mensurados pelo GII 2018 e, a fim de permitir o tratamento inferencial dos dados coletados, utilizou-se o software SPPS (Statistical Package for the Social Sciences).
Foi possível constatar a correlação entre o desempenho de inovação e os rendimentos das nações. Constatou-se também que as médias entre os sub-índices que compõem o GII não são iguais entre os quatro grupos de renda. A partir da comparação entre os resultados obtidos em cada sub-índice de inovação, observou-se que os países com maiores estratos de renda apresentaram melhores desempenhos ao considerar sua infraestrutura e instituição, enquanto a menor performance mostrou associada à sofisticação de mercado, comportamento exatamente oposto quando considerou-se os países de menores rendimentos.
Os países que apresentaram melhores desempenhos em inovação caracterizaram-se por serem aqueles localizados, principalmente, na Europa e Ásia Central e caracterizados por apresentarem maiores níveis de renda. Foi constatada estatisticamente, a correlação entre o desempenho em inovação das 126 economias participantes do índice global de inovação e o nível de renda apresentado pelas mesmas. É perceptível o contraste entre os países do mundo, pelo menos no que tange à relação entre o desempenho de inovação e o rendimento nacional, este que foi o aspecto considerado no recorte da presente pesquisa
FREEMAN, Christopher. The ‘National System of Innovation’ in historical perspective. Cambridge Journal of economics, v. 19, n. 1, p. 5-24, 1995. LUNDVALL, Bengt-Åke (Ed.). National systems of innovation: Toward a theory of innovation and interactive learning. Anthem press, 2010. NELSON, Richard R.; ROSENBERG, Nathan. Technical Innovation and National System. In: NELSON, Richard R. (Ed.). National innovation systems: a comparative analysis. Oxford University Press on Demand, 1993.