Resumo

Título do Artigo

EVIDENCIAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE GESTÃO DE RISCOS BASILEIA III DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS COM AÇÕES LISTADAS NA BOLSA DE VALORES (B3)
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Palavras Chave

Basileia
Evidenciação de Informações
Gestão de Riscos e Capital

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Abraao Jose de Souza
-
2 - Aziz Beiruth
FACULDADE FUCAPE (FUCAPE) - Vitoria
3 - Andréia Hartwig
FACULDADE FUCAPE (FUCAPE) - Vitória

Reumo

A pesquisa procura responder a questão: a evidenciação do conteúdo informacional dos relatórios de gestão de riscos do pilar III Basileia é influenciada pela adequação dos bancos as exigências regulatórias de capital? O segmento desta pesquisa, os bancos, possuem regras extremamente rígidas para realizarem suas operações, decorrentes das exigências prudenciais de Basileia, que demandam maior transparência ao investidor e definição de métricas de alocação de capital para os riscos considerados relevantes, como por exemplo os riscos de crédito, mercado e operacional (Klomp & Haan, 2012).
Este trabalho tem como objetivo identificar se a evidenciação do conteúdo informacional dos relatórios de gestão de riscos do pilar III Basileia é influenciada pela adequação dos bancos as exigências regulatórias de capital. Mais especificamente, foi analisado se os principais indicadores que dizem respeito as exigências de Basiléia, tais como patrimônio líquido, patrimônio de referência e ativos ponderados pelo risco, impactam as informações descritas aos investidores sob a ótica de adequação do capital e do nível de exposição ao risco das instituições financeiras.
Singhvi e Desai (1971); Ahmed e Courtis (1999); Verrecchia (2001); Dye (2001); Goulart (2003); Salloti e Yamamoto (2005); Lima (2007); Murcia (2009), descrevem as razões que levam as empresas a divulgarem informações aos investidores, sendo um ponto comum entre os pesquisadores o aumento da credibilidade empresarial. Pesquisas encontraram evidências de baixa credibilidade de relatórios disponibilizados aos investidores, no setor financeiro internacional, considerando o contexto da alta alavancagem dos bancos e problemas com a integridade das informações corporativas (Herrala, 2014).
A pesquisa será realizada sob a forma amostral, onde serão verificados os relatórios de gestão de riscos do pilar III Basileia, disponibilizados trimestralmente na página de relações com investidores, dos principais bancos que possuem ações listadas na B3, para o período compreendido entre o 1º. Trimestre/2014 até o 4º. Trimestre 2017. Para se realizar a medição do conteúdo informacional foi utilizada a técnica de contagem das palavras constantes das páginas de cada relatório de gestão de riscos disponibilizados aos investidores.
Os resultados apresentados demonstram que as variáveis PL e PR são significativas ao nível de 1% com coeficiente positivo. Por sua vez, os ativos ponderados pelo risco (RWA) não se apresentaram significativos. A variável Ngov foi significativa ao nível 1%, indicando que em média, o índice de evidenciação é superior entre as instituições com nível de governança do novo mercado, nível 1 e 2 quando comparado com os bancos que se encontram fora dos níveis diferenciados.
Os resultados indicam que quanto mais adequada se encontra a instituição financeira em relação as exigências de Basileia melhor o seu reporte de informações ao mercado, em termos de quantidade de palavras descritas. Além disso, foram encontradas evidências de que as variáveis patrimônio líquido, patrimônio de referência e ativos ponderados pelo risco são significativas para a evidenciação das exigências de Basileia, e que o nível de governança afeta a quantidade de conteúdo informacional.
Cohen, B. H. (2013). How have banks adjusted to higher capital requirements?. BIS Quarterly Review, September. Klomp, J., & De Haan, J. (2012). Banking risk and regulation: Does one size fit all?. Journal of Banking & Finance, 36(12), 3197-3212. Santos, L. D. J., da Silva Macedo, M. A., & Rodrigues, A. (2014). Determinantes do nível de divulgação das recomendações do Pilar 3 do Acordo de Basiléia 2 nas demonstrações financeiras de instituições bancárias que atuam no Brasil. BBR-Brazilian Business Review, 11(1).