Resumo

Título do Artigo

COOPERAÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE INOVAÇÃO: uma análise por meio da inovação aberta
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Palavras Chave

Inovação Aberta
Cooperação
PINTEC

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Humberto Rodrigues Marques
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós-Graduação em Amdinistração
2 - Ednilson Sebastião de Ávila
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
3 - Andre Luiz Zambalde
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Ciência da Computação
4 - Rafael Morais Pereira
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Programa de Pós-Graduação em Administração
5 - Gabriel Rodrigues Marques
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras/MG

Reumo

A inovação aberta preconiza que as organizações não podem mais inovar de forma isolada (CHESBROUGH, 2003). Assim, uma das principais prerrogativas é de que a interação com entes externos, como clientes, fornecedores, concorrentes, universidades, entre outros (CHESBROUGH, 2003) é essencial para gerar e alavancar a inovação das organizações (CHESBROUGH; CROWTHER, 2006). Entretanto, dado que diferentes tipos de atores influenciam de forma diferente vários tipos de inovação, novos estudos devem compreender melhor essa cooperação (DE BEULE; VAN BEVEREN, 2019; HAUS-REVE; FITJAR; POSE, 2019).
A pergunta de pesquisa é: a interação com atores externos influencia a implementação de diferentes tipos de inovações pelas organizações? Assim, o objetivo principal consiste em analisar a importância da interação com parceiros externos para a implementação de diferentes tipos de inovação pela organização. Ao responder a esse objetivo, este estudo pretende analisar como a interação com diferentes tipos de atores externos pode influenciar de forma diferente vários tipos inovação, tal como (i) a inovação geral da organização, (ii) a inovação de produto e (iii) a inovação tecnológica.
A partir da prerrogativa de que a inovação aberta influencia na implementação de diversos tipos de inovações, apresenta-se, no referencial teórico, as origens da inovação aberta e suas principais características a partir dos estudos iniciais de Chesbrough (2003), assim como as hipóteses a serem testadas: H1: A importância da cooperação está relacionada com a implementação de inovações da organização. H2: A importância da cooperação está relacionada com a implementação de inovações de produtos. H3: A importância da cooperação está relacionada com a implementação de inovações tecnológicas.
De caráter descritivo e abordagem quantitativa, utilizou-se dados da PINTEC, uma pesquisa sobre indicadores nacionais das atividades de inovação. Empregou-se técnicas estatísticas de dados em painel por meio do software “R”, um software livre para computação estatística. Para operacionalizar os resultados, realizou-se testes como: (i) Teste de Hausman, para identificar qual a melhor opção de modelo de entre efeitos fixos e efeitos aleatórios; (ii) Teste de Breush Pagan, para identificar problemas de heterocedasticidade; (iii) Teste de Wooldridge, para identificar problemas de autocorrelação.
Com relação às inovações gerais implementadas pelas organizações, verificou-se que nenhum tipo de interação foi significativo, demonstrando que de forma geral as organizações não utilizam a interação na implementação de inovações. Quanto à inovação de produto, observou-se que as interações tanto com consultores quanto com fornecedores foram negativas. Já com relação à inovação tecnológica, verificou-se que a interação com os clientes foi positiva e a interação com universidades foi negativa.
A proposta do trabalho foi verificar como diferentes tipos de interação com atores externos interferem em diferentes tipos de implementação de inovação pela organização. Assim, analisou-se como a interação com clientes, concorrentes, fornecedores, universidades e consultores influenciam a implementação de inovações gerais, inovações de produto e inovações tecnológicas. Deste modo, os resultados foram essenciais para comprovar que tipos diferentes de cooperação impactam de forma diferente em diferentes tipos de inovação.
CHESBROUGH, H.; CROWTHER, A. K. Beyond high tech: early adopters of open innovation in other industries. R&D Management, v. 36, n.3, p. 229-236, 2006. CHESBROUGH, H. Open innovation: The new imperative for creating and profiting from technology. Harvard Business Press, 2003. DE BEULE, F.; VAN BEVEREN, I. Sources of open innovation in foreign subsidiaries: An enriched typology. International Business Review, v.28, n.1, p. 135-147, 2019. HAUS-REVE, S.; FITJAR, R. D.; POSE, A. R. Does combining different types of collaboration always benefit firms? Research Policy, v. 48, n.6, p. 1476-1486, 2019.