Resumo

Título do Artigo

CAPACIDADE ABSORTIVA: UM TEMA EMERGENTE E O CAMINHO PARA FUTURAS PESQUISAS
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Palavras Chave

Capacidade Absortiva
Estudo bibliométrico
Análise Sistemática

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Processo Estratégico nas Organizações

Autores

Nome
1 - Cleide Tirana Nunes Possamai
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçu
2 - Ricardo Barcelos
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçu
3 - Carlos Ricardo Rossetto
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA
4 - Alessandra Yula Tutida
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçu

Reumo

Desde sua introdução por Cohen & Levinthal, a ACAP vem sendo estudada em vários domínios de pesquisa, ainda existe uma falta de consenso sobre sua compreensão e dos componentes do construto (Lane, Koka, & Pathak, 2006; Todorova & Durisin, 2007; Zahra e George, 2002). A título de ilustração, Lane e Lubatkin (1998) foram os primeiros a destacar a natureza contextual da ACAP. Eles argumentaram que o ACAP varia de acordo com determinado contexto, o que chamam de ACAP relativa. Até hoje, ainda nos falta uma compreensão de até que ponto o ACAP se comporta da mesma maneira em qualquer contexto.
O número expressivo de estudos, e as consequentes revisões teóricas, sejam bibliométricas ou revisões sistemáticas, trazem infinidades de questões, e enveredam pelas mais distintas áreas. Essa dispersão e ampla gama de temas, que por vezes podem se sobrepor em determinados trabalhos, dificulta a identificação dos temas mais relevantes. Logo, apresenta-se o seguinte problema de pesquisa: Qual o estágio atual e para onde caminharão os estudos sobre Capacidade Absortiva (ACAP). E, seu objetivo é apresentar apresentar o estágio atual por meio de um estudo bibliométrico entre 1990 a 2018.
O conceito inicial de capacidade absortiva é definido como a habilidade da firma em reconhecer o valor de uma nova informação externa, assimilá-la e aplica-la a fins comerciais. Capacidade absortiva são fluxos de conhecimentos externos que referem-se à habilidade que pode ser desenvolvida pela empresa para identificar a informação útil e internalizar para responder ao mercado. A capacidade de absorção surgiu com a necessidade de obter conhecimento externo e incorporá-lo nas organizações, mantendo sua vantagem competitividade.
Ao longo do desenvolvimento da teoria, verifica-se uma maior quantidade de trabalhos que utilizam medidas de capacidade absortiva para grandes empresas, e inadequadas para micro e pequenas empresas devido à falta de uma estrutura de investimento em planejamento e desenvolvimento de novos produtos (FERNHABER; PATEL, 2012). Vários estudos teóricos reconhecem a importância da absorção capacidade como um recurso multidimensional, ou seja, abordando as quatro dimensões da capacidade absortiva apresentada por vários autores (FÓRES; CAMISÓN, 2009; FLATTEN et al. 2011; D’SOUZA; KULKANI, 2015).
O estudo proposto, de revisão qualitativa e de conteúdo de pesquisas bibliográficas sobre ACAP obteve sucesso no sentido em que apresentou estudos nacionais e internacionais que, sob aspectos particulares dos autores, trazem contribuições sobre o debate acerca do constructo. É percebido na análise qualitativa que a academia, de certa forma, apresenta interesse pelos debates, visto que a maioria dos periódicos, apresentam alto fator de impacto. Quanto a análise de conteúdo, o estudo realça alguns fatores, Sistemas de Informação, Instituições de Ensino, Negócios Internacionais, etc.
COHEN, W.; LEVINTHAL, D. Absorptive capacity: A new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, vol. 35, p. 128-152, 1990. LANE, P. J., & LUBATKIN, M.. Relative absorptive capacity and interorganizational learning. Strategic Management Journal, 19(5), 461-477, 1998. ZAHRA, Shaker A.; GEORGE, Gerard. Absorptive capacity: a review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, v. 17, n. 2, p. 185-203, 2002. TODOROVA, Gergana; DURISIN, Boris. Absorptive capacity: Valuing a reconceptualization. Academy of Management Review, v. 32, p. 774-786, 2007.