Resumo

Título do Artigo

Teletrabalho: uma revisão integrativa da literatura internacional
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Palavras Chave

Teletrabalho.
Formas flexíveis de trabalho.
Revisão Integrativa.

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Temas Emergentes e Modismos em Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - ANA LUIZA LEITE
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG
2 - Dannyela da Cunha lemos
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Esag
3 - Wilnei Aldir Schneider
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas - ESAG

Reumo

Frolick, Wilkes e Urwiler (1993) já alertavam que as empresas que veem a flexibilidade de trabalho como uma alternativa a encontrar resultados em vantagem competitiva em relação a força de trabalho, vão trazer novos desafios aos gestores nos próximos anos. Afinal, com o desenvolvimento e a popularização das tecnologias de informação e comunicação (TIC), a possibilidade de poder trabalhar em qualquer lugar se tornou uma realidade bastante acessível e, muitas vezes, atrativa (ROCHA; AMADOR, 2018).
Mesmo com o número de teletrabalhadores em ascensão (TUNG; TURBAN, 1996), esse número tem se mantido abaixo das expectativas (PÉREZ; SÁNCHEZ; CARNICER, 2002). Ademais, o teletrabalho constitui tema relativamente recente, tanto como prática quanto na literatura administrativa, especialmente no Brasil (DA COSTA, 2007). O objetivo geral deste estudo é analisar a produção científica disponível em bases de dados internacionais acerca do teletrabalho, com intuito de verificar o volume da produção científica e identificar o foco de estudo dos artigos e os impactos do teletrabalho nas organizações.
Percebe-se que o termo teletrabalho possui diversas aplicações: tanto a um profissional em domicílio em tempo integral (podendo integrar também o trabalhador autônomo) quanto a um em tempo parcial ou a um teletrabalhador casual, que ocasionalmente exerce sua função em casa ou em outro lugar (TREMBLAY, 2002). Nota-se que a própria conceituação de teletrabalho ainda se mostra bastante heterogênea; existem diferentes nomenclaturas se referindo às mesmas práticas, bem como situações bastante divergentes referidas pelos mesmos termos (ROCHA; AMADOR, 2018).
A produção científica sobre o tema vem crescendo ao longo dos anos, onde observa-se a grande quantidade de artigos de revisão (12). Em relação aos artigos empíricos, nota-se a baixa publicação em organização públicas. A maioria dos artigos seguem uma abordagem quantitativa e advém de diferentes países. Estados Unidos e Reino Unido lideram o ranque de quantidade de publicações, assim como a lista dos artigos mais citados. O foco dos estudos nitidamente está na busca de impactos causados pela implementação do teletrabalho ao teletrabalhador e a organização.
Identifica-se que há poucos estudos de cunho longitudinal (HUNTON; NORMAN, 2010). Ademais, visto que o principal foco de estudo dos artigos foi o impacto que o teletrabalho traz, considera-se importante a verificação de métodos em manter os impactos positivos e diminuir os impactos negativos. Por último, verifica-se que poucos estudos fazem análise combinando os diversos atores envolvidos nessa nova forma laboral, principalmente em relação as equipes de trabalho (COENEN; KOK, 2014).
BOTELHO, L. L. R.; CUNHA, C. C. D. A.; MACEDO, M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e Soc, v.5 n.11, p. 121-36, 2011. KOSSEK, Ellen Ernst; LAUTSCH, Brenda A.; EATON, Susan C. Telecommuting, control, and boundary management: Correlates of policy use and practice, job control, and work–family effectiveness. Journal of Vocational Behavior, v. 68, n. 2, p. 347-367, 2006.